Após acusações do ex-presidente Lula e da
defensiva de FHC sobre o assunto, colunista Fernando Rodrigues relembra
fatos que diz nunca terem sido investigados
247 – Diante da troca de acusações entre os ex-presidentes Lula e FHC sobre o episódio da reeleição do tucano em 1997, colunista Fernando Rodrigues relembra fatos que, segundo ele, não foram investigados como deveriam.
Leia trechos:
13.maio.1997: Folha publica reportagem da compra
de votos para aprovação da emenda da reeleição. Manchete no alto da
primeira página, em duas linhas: “Deputado conta que votou pela
reeleição por R$ 200 mil” (clique na imagem para ampliar):
O que disse FHC, então presidente da República:
sempre negou o esquema. Dez anos depois, em sabatina na Folha, em 2007, o
tucano não negou que tenha ocorrido a compra de votos. Alegou que a
operação não foi comandada pelo governo federal nem pelo PSDB: “O Senado
votou [a reeleição] em junho [de 1997] e 80% aprovou. Que compra de
voto? (…) Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo
federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos”.
Operação abafa 1: em 21.maio.1997, apenas 8 dias
depois de o caso ter sido publicado pela Folha, os dois deputados
gravados renunciam ao mandato (Ronivon Santiago e João Maia, ambos
eleitos pelo PFL –hoje DEM– do Acre). Eles enviaram ofícios idênticos ao
então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos alegaram
“motivos de foro íntimo'”. Em comentário irônico à época, o então
deputado federal Delfim Netto disse: “Nunca vi ganhar um boi para entrar
e uma boiada para sair”.
Reportagem de 21.maio.1997 relata procedimentos utilizados na reportagem sobre a compra de votos.
Reportagem de 21.maio.1997 relata procedimentos utilizados na reportagem sobre a compra de votos.
Brasil 247
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