Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
O
PT oficializou hoje (21) a candidatura da presidenta Dilma Rousseff à
reeleição e de Michel Temer para vice-presidente. Em convenção nacional
em Brasília, com a presença de filiados ao partido e de aliados,
delegados do PT levantaram os crachás em apoio à chapa, em defesa do slogan “Mais mudanças, mais futuro” e das principais reformas propostas no programa de governo.
O
presidente nacional do PT, Rui Falcão, levantou duas principais
bandeiras para o partido que vão constar na campanha presidencial: a
reforma política e a democratização da mídia. Para ele, o plebiscito é
fundamental para que se concretize a proposta de reforma política, cujo
princípio passa pelo fim do financiamento privado das campanhas. Segundo
ele, o projeto prevê um plebiscito sobre o tema ainda neste ano, na
Semana da Pátria, em setembro. Sobre os meios de comunicação, Rui Falcão
destacou que o partido pretende cumprir o que estabelece a Constituição
Federal, como a proibição do oligopólio da mídia e a exigência de
produção regional independente.
Além do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, de candidatos a governador pelo PT e de pelo menos nove
ministros do atual governo, estiveram presentes na convenção
representantes de partidos aliados que já referendaram ou ainda vão
oficializar a aliança nacional, como PCdoB, PRB, PP, PSD, PMDB, PROS e
PDT.
A presidenta Dilma Rousseff avaliou a reforma política como
fundamental para melhorar a qualidade da política e da gestão pública.
“A transformação social produzida pelos nossos governos criou as bases
para a promoção de grande transformação democrática e política no
Brasil. Não vejo nenhum caminho que viabilize a reforma política que não
passe pela participação popular.”
Ao lembrar projetos criados
pelo governo, a presidenta Dilma disse que o novo ciclo que pretende
concretizar no país manterá dois pilares básicos de um “ciclo
extraordinário” iniciado em 2003: solidez econômica e amplitude das
políticas sociais. Segundo ela, o objetivo é ampliar os avanços, com a
melhoria da infraestrutura, dos serviços públicos, do emprego, do
desenvolvimento tecnológico e da produtividade.
“Esse novo ciclo
fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo
pilar básico é a transformação da qualidade da educação”, disse Dilma,
reiterando que, para transformar a educação, é preciso valorizar o
professor, projeto que será acelerado quando começarem a ingressar os
recursos dos royalties do petróleo no setor. Outros pilares
também foram citados por ela, como projetos de mobilidade urbana e
transporte público, saneamento básico e moradia, classificados como
“reforma urbana”.
Depois de os membros do partido reconhecerem,
por votação simbólica, a chapa PT-PMDB, Dilma agradeceu a “prova de
confiança” e disse querer transformar a gratidão e a alegria em
compromisso e convocação para fazer mais mudanças, reforçando o slogan da campanha.
Agência Brasil
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