6 de junho de 2014 | 09:25 Autor: Fernando Brito
Nem vou falar da nova jogada do “vaza-vaza” das pesquisas eleitorais testado ontem, pela enésima vez, na Bolsa de Valores.
É apenas mais um escândalo nas barbas de uma Justiça Eleitoral mais
preocupada em censurar opiniões do que as práticas de manipulação
eleitoral.
Tanto que ontem surgiu uma nova e inesperada pesquisa Ibope nacional,
com divulgação prevista para terça-feira, patrocinada pela União de
Vereadores do Estado de São Paulo, entidade que mantém cursos em
parceria com o Instituto FHC.
Curioso, não é?
Mas os resultados do Datafolha, embora queira dizer muito pouco na
exatidão de seus números – até porque houve uma mudança importante na
base de entrevistados, de dois mil para quatro mil entrevistados –
querem dizer algo sobre o clima em que- após um espasmo de reação
governista – entrada de Lula nos debates, o discurso de negação da volta
ao “passado” tucano, uma postura mais incisiva de Dilma no 1° de maio –
estas eleições enfrentam sua fase inicial.
O povo brasileiro está tendo de formar, sozinho, o seu julgamento.
Seus líderes, até agora, aceitaram o silêncio como tática eleitoral,
apostando na inércia e nas máquinas políticas como chaves da vitória em
outubro.
Claro que influem, e muito, como influi a incapacidade de Aécio Neves
e Eduardo Campos de convencerem a opinião pública de que são aquilo que
não são: o novo.
Mas a aposta da “eleição que veio do frito” – no próximo post falo da
componente do “esfria a inflação” – ” não têm o condão de dar ao
processo eleitoral um combustível essencial para vitórias populares.
Paixão.
Tijolaço
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