terça-feira, 10 de junho de 2014

Com o PDT, Dilma lembra inflação menor que de Lula

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Ao garantir o apoio do PDT ao seu projeto de reeleição, a presidente Dilma Rousseff fez questão de lembrar que a inflação em seu governo foi inferior à registrada na gestão do ex-presidente Lula, que, recentemente, demonstrou preocupação com o tema; “No governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos. Tem 15 anos que funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou; ela também enfatizou a importância da aliança com o PDT, partido ao qual já foi filiada; “O PDT para minha aliança é algo fundamental. Participa do núcleo de minhas alianças. Juntos somos invencíveis. Separados somos fracos”
10 de Junho de 2014 às 13:56


247 - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a convenção nacional do PDT, que selou apoio do partido à sua reeleição, para lembrar que a taxa de inflação em seu governo foi inferior à registrada nos governos de FHC e Lula, que, recentemente, demonstrou preocupação com o tema (leia mais aqui). “No governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos. Tem 15 anos que funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou.

Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o apoio do PDT à reeleição de Dilma e o discurso da presidente sobre inflação:

Em convenção nacional, PDT oficializa apoio à reeleição de Dilma

Carolina Gonçalves e Yara Aquino - O Diretório Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) oficializou hoje (10), durante convenção nacional do partido, o apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef e do vice-presidente Michel Temer. A posição do PDT já tinha sido sinalizada em abril deste ano, depois de uma reunião da Executiva Nacional com dirigentes do partido e as bancadas na Câmara e no Senado.
 
O presidente da legenda, Carlos Lupi, que já ocupou o comando do Ministério do Trabalho durante o governo Dilma - pasta que hoje está nas mãos do pedetista Manoel Dias , explicou, na época, que a formalização do apoio só poderia ocorrer na convenção.
A presidenta Dilma Rousseff agradeceu o apoio e afirmou que PT e PDT têm compromisso e aliança históricos “porque temos as mesmas ambições políticas do povo brasileiro. Queremos um país escolarizado que tenha na educação dois caminhos. A educação para nós significa manter os ganhos de distribuição de renda e fazê-los avançar”. Segundo ela, os esforços para dirimir a miséria no país é apenas um primeiro passo e a educação é responsável por consolidar essas políticas.


“O PDT para minha aliança é algo fundamental. Participa do núcleo de minhas alianças. Juntos somos invencíveis. Separados somos fracos”, afirmou ao lembrar de nomes que participaram da história da legenda como Getúlio Vargas e Leonel Brizola. Dilma elencou resultados alcançados pelo seu governo e atribuiu parte do êxito a parceria com o PDT, como a criação de quase 5 milhões de empregos formais e a elevação do salário mínimo que, segundo ela, alcançou os 70% apenas na fase em que esteve no comando do país.
A presidenta garantiu que a inflação no país está sob controle, desmentindo linhas de análise econômica que apontam uma direção contrária. Ela lembrou que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a taxa da inflação chegou a 12,42%. “No governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos.Tem 15 anos que funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou.


Dilma ainda atacou os críticos e pessimistas em relação aos programas do seu governo que agora, segundo ela, querem se apropriar dos resultados. O Bolsa Família tem sido objeto de disputa entre os potenciais candidatos à presidência mesmo antes do período eleitoral iniciar oficialmente. “O Bolsa Família está seguro nas nossas mãos porque construímos o Bolsa Família, mudamos sempre que necessário e transformamos em um caminho de ascensão social. Um programa é feito por quem tem vontade politica de fazer e se arrisca contra tudo e todos”, afirmou. Segundo ela, os que criticavam, agora dizem que os programas não são mérito de ninguém e que podem ser usados por todos. “É oportunismo do mais deslavado nível”, completou.


Apesar do apoio a Dilma ter maioria na convenção, a posição foi questionada por alguns filiados críticos às políticas do atual governo. O presidente da legenda ressaltou que o projeto do governo Dilma é o mais próximo dos objetivos do PDT. Um grupo de cerca de 15 pessoas do Movimento Juventude Socialista tentou impedir a entrada de Dilma à sede do partido em Brasília, hoje, onde ocorreu a convenção. Os jovens entoavam, em coro, gritos de “Não vai entrar. Não somos capacho do governo”.


Na tentativa de minimizar as divergências e uniformizar o apoio entre os filiados, o ministro Manoel Dias ressaltou resultados alcançados pelo atual governo. “Entre as candidaturas que estão postas só uma tem condição de continuar beneficiando os trabalhadores com políticas de distribuição de renda, de melhoria do salario mínimo e de geração de emprego. Criamos um ciclo virtuoso e não há sinais de que isto vai parar”, afirmou.


Durante a convenção, os partidários iniciaram as conversas sobre as alianças estaduais que, na maioria dos casos seguirá a orientação nacional, segundo Lupi. As exceções devem ficar com Minas Gerais e Pernambuco. Na disputa pelo governo pernambucano o partido está dividido entre Paulo Câmara (PSB) para o governo estadual e o senador Armando Monteiro (PTB).
Em Mato Grosso, o candidato do partido será o senador Pedro Taques. Segundo Lupi, onde o PDT tiver candidato a governador, como no Acre, Amapá, São Paulo e Brasília, a direção estadual terá liberdade para construir suas alianças regionais com autorização da executiva nacional.


As convenções para a escolha de candidatos a governador, vice-governador, senadores e deputados vão ocorrer entre hoje e 30 de junho. No Distrito Federal também ainda não há consenso, apesar do senador Cristovam Buarque garantir o apoio ao PSB, que terá como candidato o atual senador Rodrigo Rollemberg. A expectativa é que ainda hoje algumas conversas já avancem. Uma das disputas que podem ser definidas ainda hoje é a pelo governo do Maranhão.


O PDT é um dos primeiros partidos a realizar o encontro que precede a disputa eleitoral deste ano, reunindo integrantes do Diretório Nacional e do Conselho Político, os presidentes de movimentos e das comissões provisórias estaduais, os delegados dos diretórios estaduais e os parlamentares que integram as bancadas do PDT no Senado e na Câmara.


Dilma rebate críticas de que inflação está fora de controle

Yara Aquino e Carolina Gonçalves - A presidenta Dilma Rousseff rebateu hoje (10) críticas de que a inflação está fora de controle. Segundo ela, a inflação está controlada e o país tem condições de manter um crescimento constante e contínuo.


"Hoje tem uma campanha que diz que a inflação está sem controle no Brasil. Todo mundo sabe que a inflação no Brasil é cíclica. Entre junho e setembro, ela cai, entre outubro e fevereiro, ela sobe, estaciona, depois, vai caindo lentamente. Tem 15 anos que funciona assim, é o fluxo da inflação", disse, ao discursar na convenção nacional do PDT.


"Quero dizer para vocês que a inflação está sob controle, que o país tem todas as condições de manter um crescimento constante e contínuo a partir de agora, e que tudo que plantamos vamos colher", completou.


A presidenta comparou os índices de inflação de seu governo com o de seus antecessores, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. "Se comparar os três primeiros anos do governo do Fernando Henrique Cardoso, a inflação chegou a 12,43%; nos três primeiros anos do presidente Lula, ele baixou para 7,2%; e, nos meus três primeiros anos, eu garanti que ela ficasse em 7,08%", disse.


Aos participantes do congresso do PDT, Dilma disse ainda que seu governo vai fazer o maior programa de infraestrutura que o país já viu. Ela ainda argumentou que Brasil foi o único país que durante o que ela chamou de "maior crise" desde 1929 conseguiu manter os empregos e a taxa de crescimento. "Combatemos a crise assegurando que o Brasil manteria a sua estabilidade e provando que conseguiríamos isso, que manteríamos a inflação sob controle".


A presidenta lembrou que, durante seu governo, foram criados 4,8 milhões de empregos, e que esse número deve ultrapassar os 5 milhões até o final do ano. Além disso, disse que o salário mínimo foi elevado em 70% acima da inflação.


"Nesse contexto, conseguimos uma das maiores reduções da desigualdade de renda no Brasil. Enquanto a renda per capita subia de 7% a 32%, a dos mais pobres cresceu 106%. Houve redução da desigualdade porque todo mundo cresceu, mas os pobres cresceram mais", completou.


Brasil 247

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