Ao garantir o apoio do PDT ao seu projeto de
reeleição, a presidente Dilma Rousseff fez questão de lembrar que a
inflação em seu governo foi inferior à registrada na gestão do
ex-presidente Lula, que, recentemente, demonstrou preocupação com o
tema; “No governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos
garanti que ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos. Tem
15 anos que funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou; ela também
enfatizou a importância da aliança com o PDT, partido ao qual já foi
filiada; “O PDT para minha aliança é algo fundamental. Participa do
núcleo de minhas alianças. Juntos somos invencíveis. Separados somos
fracos”
247 - A
presidente Dilma Rousseff aproveitou a convenção nacional do PDT, que
selou apoio do partido à sua reeleição, para lembrar que a taxa de
inflação em seu governo foi inferior à registrada nos governos de FHC e
Lula, que, recentemente, demonstrou preocupação com o tema (leia mais aqui). “No
governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que
ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos. Tem 15 anos que
funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o apoio do PDT à reeleição de Dilma e o discurso da presidente sobre inflação:
Em convenção nacional, PDT oficializa apoio à reeleição de Dilma
Carolina
Gonçalves e Yara Aquino - O Diretório Nacional do Partido Democrático
Trabalhista (PDT) oficializou hoje (10), durante convenção nacional do
partido, o apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef e do
vice-presidente Michel Temer. A posição do PDT já tinha sido sinalizada
em abril deste ano, depois de uma reunião da Executiva Nacional com
dirigentes do partido e as bancadas na Câmara e no Senado.
O presidente da
legenda, Carlos Lupi, que já ocupou o comando do Ministério do Trabalho
durante o governo Dilma - pasta que hoje está nas mãos do pedetista
Manoel Dias , explicou, na época, que a formalização do apoio só poderia
ocorrer na convenção.
A presidenta Dilma Rousseff
agradeceu o apoio e afirmou que PT e PDT têm compromisso e aliança
históricos “porque temos as mesmas ambições políticas do povo
brasileiro. Queremos um país escolarizado que tenha na educação dois
caminhos. A educação para nós significa manter os ganhos de distribuição
de renda e fazê-los avançar”. Segundo ela, os esforços para dirimir a
miséria no país é apenas um primeiro passo e a educação é responsável
por consolidar essas políticas.
“O PDT para minha aliança é algo
fundamental. Participa do núcleo de minhas alianças. Juntos somos
invencíveis. Separados somos fracos”, afirmou ao lembrar de nomes que
participaram da história da legenda como Getúlio Vargas e Leonel
Brizola. Dilma elencou resultados alcançados pelo seu governo e atribuiu
parte do êxito a parceria com o PDT, como a criação de quase 5 milhões
de empregos formais e a elevação do salário mínimo que, segundo ela,
alcançou os 70% apenas na fase em que esteve no comando do país.
A presidenta garantiu que a inflação
no país está sob controle, desmentindo linhas de análise econômica que
apontam uma direção contrária. Ela lembrou que, durante o governo
Fernando Henrique Cardoso, a taxa da inflação chegou a 12,42%. “No
governo Lula chegou a 7,2% e nos meus três primeiros anos garanti que
ficasse em 7,08%. Todos sabem que a inflação tem ciclos.Tem 15 anos que
funciona assim. É o fluxo da inflação”, afirmou.
Dilma ainda atacou os críticos e
pessimistas em relação aos programas do seu governo que agora, segundo
ela, querem se apropriar dos resultados. O Bolsa Família tem sido objeto
de disputa entre os potenciais candidatos à presidência mesmo antes do
período eleitoral iniciar oficialmente. “O Bolsa Família está seguro nas
nossas mãos porque construímos o Bolsa Família, mudamos sempre que
necessário e transformamos em um caminho de ascensão social. Um programa
é feito por quem tem vontade politica de fazer e se arrisca contra tudo
e todos”, afirmou. Segundo ela, os que criticavam, agora dizem que os
programas não são mérito de ninguém e que podem ser usados por todos. “É
oportunismo do mais deslavado nível”, completou.
Apesar do apoio a Dilma ter maioria
na convenção, a posição foi questionada por alguns filiados críticos às
políticas do atual governo. O presidente da legenda ressaltou que o
projeto do governo Dilma é o mais próximo dos objetivos do PDT. Um grupo
de cerca de 15 pessoas do Movimento Juventude Socialista tentou impedir
a entrada de Dilma à sede do partido em Brasília, hoje, onde ocorreu a
convenção. Os jovens entoavam, em coro, gritos de “Não vai entrar. Não
somos capacho do governo”.
Na tentativa de minimizar as
divergências e uniformizar o apoio entre os filiados, o ministro Manoel
Dias ressaltou resultados alcançados pelo atual governo. “Entre as
candidaturas que estão postas só uma tem condição de continuar
beneficiando os trabalhadores com políticas de distribuição de renda, de
melhoria do salario mínimo e de geração de emprego. Criamos um ciclo
virtuoso e não há sinais de que isto vai parar”, afirmou.
Durante a convenção, os partidários
iniciaram as conversas sobre as alianças estaduais que, na maioria dos
casos seguirá a orientação nacional, segundo Lupi. As exceções devem
ficar com Minas Gerais e Pernambuco. Na disputa pelo governo
pernambucano o partido está dividido entre Paulo Câmara (PSB) para o
governo estadual e o senador Armando Monteiro (PTB).
Em Mato Grosso, o candidato do
partido será o senador Pedro Taques. Segundo Lupi, onde o PDT tiver
candidato a governador, como no Acre, Amapá, São Paulo e Brasília, a
direção estadual terá liberdade para construir suas alianças regionais
com autorização da executiva nacional.
As convenções para a escolha de
candidatos a governador, vice-governador, senadores e deputados vão
ocorrer entre hoje e 30 de junho. No Distrito Federal também ainda não
há consenso, apesar do senador Cristovam Buarque garantir o apoio ao
PSB, que terá como candidato o atual senador Rodrigo Rollemberg. A
expectativa é que ainda hoje algumas conversas já avancem. Uma das
disputas que podem ser definidas ainda hoje é a pelo governo do
Maranhão.
O PDT é um dos primeiros partidos a
realizar o encontro que precede a disputa eleitoral deste ano, reunindo
integrantes do Diretório Nacional e do Conselho Político, os presidentes
de movimentos e das comissões provisórias estaduais, os delegados dos
diretórios estaduais e os parlamentares que integram as bancadas do PDT
no Senado e na Câmara.
Dilma rebate críticas de que inflação está fora de controle
Yara Aquino e Carolina Gonçalves - A presidenta Dilma Rousseff
rebateu hoje (10) críticas de que a inflação está fora de controle.
Segundo ela, a inflação está controlada e o país tem condições de manter
um crescimento constante e contínuo.
"Hoje tem uma campanha que diz que a inflação está sem controle no
Brasil. Todo mundo sabe que a inflação no Brasil é cíclica. Entre junho e
setembro, ela cai, entre outubro e fevereiro, ela sobe, estaciona,
depois, vai caindo lentamente. Tem 15 anos que funciona assim, é o fluxo
da inflação", disse, ao discursar na convenção nacional do PDT.
"Quero dizer para vocês que a inflação está sob controle, que o país
tem todas as condições de manter um crescimento constante e contínuo a
partir de agora, e que tudo que plantamos vamos colher", completou.
A presidenta comparou os índices de inflação de seu governo com o de
seus antecessores, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando
Henrique Cardoso. "Se comparar os três primeiros anos do governo do
Fernando Henrique Cardoso, a inflação chegou a 12,43%; nos três
primeiros anos do presidente Lula, ele baixou para 7,2%; e, nos meus
três primeiros anos, eu garanti que ela ficasse em 7,08%", disse.
Aos participantes do congresso do PDT, Dilma disse ainda que seu
governo vai fazer o maior programa de infraestrutura que o país já viu.
Ela ainda argumentou que Brasil foi o único país que durante o que ela
chamou de "maior crise" desde 1929 conseguiu manter os empregos e a taxa
de crescimento. "Combatemos a crise assegurando que o Brasil manteria a
sua estabilidade e provando que conseguiríamos isso, que manteríamos a
inflação sob controle".
A presidenta lembrou que, durante seu governo, foram criados 4,8
milhões de empregos, e que esse número deve ultrapassar os 5 milhões até
o final do ano. Além disso, disse que o salário mínimo foi elevado em
70% acima da inflação.
"Nesse contexto, conseguimos uma das maiores reduções da desigualdade
de renda no Brasil. Enquanto a renda per capita subia de 7% a 32%, a
dos mais pobres cresceu 106%. Houve redução da desigualdade porque todo
mundo cresceu, mas os pobres cresceram mais", completou.
Brasil 247
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