Se a maioria da imprensa brasileira insiste em
pesar a mão sobre a cobertura que faz das ações do governo da presidente
Dilma Rousseff (PT), as impressões da mídia estrangeira, após encontro
com a mandatária do país ontem, foram bem positivas; Onze
correspondentes internacionais se reuniram com Dilma na terça (3) e a
repercussão do encontro revelou uma Dilma bem diferente da que é
mostrada diariamente pelos jornalões do Brasil; de modo geral, textos
apontaram dificuldades do país, mas deram à presidente a oportunidade de
expor seus pontos de vista e defender seu legado; mídia brasileira
seguirá o exemplo?
247 - Enquanto a maioria da imprensa brasileira
insiste em pesar a mão sobre a cobertura que faz das ações do governo da
presidente Dilma Rousseff (PT), as impressões da mídia estrangeira,
após encontro com a mandatária do país ontem, foram bem positivas. Onze
correspondentes internacionais se reuniram com Dilma na noite da
terça-feira (3) e a repercussão do encontro revelou uma Dilma bem
diferente da que é mostrada diariamente pelos jornalões e TVs do Brasil.
Para o jornalista Wyre Davies, da BBC, a informalidade com que Dilma
tratou os correspondentes "é envolvente". Ele também ficou impressionado
com a compreensão dela sobre macroeconomia. "Impressionante e
persuasivo", pontuou o jornalista. O repórter ainda diz que as
"preocupações reais e paixões" da presidente são "os desafios a longo
prazo que seu país enfrenta" (aqui na íntegra).
O jornalista Simon Romero, do The New York Times, apresentou uma
presidente disposta a enfrentar os problemas do país e que tem sabido
lidar com as greves e manifestações contrárias à Copa do Mundo. Ele
também destaca a percepção de Dilma com a economia. Ele destaca a defesa
de Dilma das várias medidas econômicas que seu governo colocou em
prática. O repórter cita declarações da presidente sobre projetos de
combate à pobreza no país que têm puxado milhões de pessoas para a
classe média na última década e sobre a desigualdade que caiu no Brasil,
enquanto cresceu nos Estados Unidos e em partes da Europa (texto aqui).
Já a representante da AFP, Yana Marull, destacou as ações do governo
Dilma para minimizar potenciais problemas na Copa. Citou a desistência
dos policiais federais em realizar greve, após acordo com o Planalto.
Também lembrou o fim da paralisação dos professores de São Paulo. Ela
descreve a presidente "claramente satisfeita" com a vitória do Brasil
ontem no jogo amistoso contra o Panamá e relata que Dilma "tocando na
madeira e com os dedos cruzados" se disse confiante com as chances da
Seleção Brasileira no Mundial (matéria aqui).
Outros textos mantiveram tom semelhante. Não esconderam os problemas
que o país enfrenta, mas não negaram à presidente Dilma as explicações e
as medidas do seu governo para superar as situações mais delicadas. Foi
assim, por exemplo, na reportagem da Agência EFE (aqui).
De modo geral, a imprensa estrangeira mostrou que o Brasil está pronto
para receber a Copa e a presidente Dilma preparada para lidar com
críticas e problemas. A mídia brasileira seguirá o exemplo?
Brasil 247
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