quinta-feira, 5 de junho de 2014

Olhar estrangeiro sobre Dilma é melhor que o daqui

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Se a maioria da imprensa brasileira insiste em pesar a mão sobre a cobertura que faz das ações do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), as impressões da mídia estrangeira, após encontro com a mandatária do país ontem, foram bem positivas; Onze correspondentes internacionais se reuniram com Dilma na terça (3) e a repercussão do encontro revelou uma Dilma bem diferente da que é mostrada diariamente pelos jornalões do Brasil; de modo geral, textos apontaram dificuldades do país, mas deram à presidente a oportunidade de expor seus pontos de vista e defender seu legado; mídia brasileira seguirá o exemplo?
4 de Junho de 2014 às 22:38


247 - Enquanto a maioria da imprensa brasileira insiste em pesar a mão sobre a cobertura que faz das ações do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), as impressões da mídia estrangeira, após encontro com a mandatária do país ontem, foram bem positivas. Onze correspondentes internacionais se reuniram com Dilma na noite da terça-feira (3) e a repercussão do encontro revelou uma Dilma bem diferente da que é mostrada diariamente pelos jornalões e TVs do Brasil.


Para o jornalista Wyre Davies, da BBC, a informalidade com que Dilma tratou os correspondentes "é envolvente". Ele também ficou impressionado com a compreensão dela sobre macroeconomia. "Impressionante e persuasivo", pontuou o jornalista. O repórter ainda diz que as "preocupações reais e paixões" da presidente são "os desafios a longo prazo que seu país enfrenta" (aqui na íntegra).


O jornalista Simon Romero, do The New York Times, apresentou uma presidente disposta a enfrentar os problemas do país e que tem sabido lidar com as greves e manifestações contrárias à Copa do Mundo. Ele também destaca a percepção de Dilma com a economia. Ele destaca a defesa de Dilma das várias medidas econômicas que seu governo colocou em prática. O repórter cita declarações da presidente sobre projetos de combate à pobreza no país que têm puxado milhões de pessoas para a classe média na última década e sobre a desigualdade que caiu no Brasil, enquanto cresceu nos Estados Unidos e em partes da Europa (texto aqui). 


Já a representante da AFP, Yana Marull, destacou as ações do governo Dilma para minimizar potenciais problemas na Copa. Citou a desistência dos policiais federais em realizar greve, após acordo com o Planalto.  Também lembrou o fim da paralisação dos professores de São Paulo. Ela descreve a presidente "claramente satisfeita" com a vitória do Brasil ontem no jogo amistoso contra o Panamá e relata que Dilma "tocando na madeira e com os dedos cruzados" se disse confiante com as chances da Seleção Brasileira no Mundial (matéria aqui). 


Outros textos mantiveram tom semelhante. Não esconderam os problemas que o país enfrenta, mas não negaram à presidente Dilma as explicações e as medidas do seu governo para superar as situações mais delicadas. Foi assim, por exemplo, na reportagem da Agência EFE (aqui). De modo geral, a imprensa estrangeira mostrou que o Brasil está pronto para receber a Copa e a presidente Dilma preparada para lidar com críticas e problemas. A mídia brasileira seguirá o exemplo?



Brasil 247

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