Em seu primeiro evento de 2014, presidente elogiou
a atuação do governador de Minas, tucano Antonio Anastasia, e do
prefeito de Belo Horizonte, socialista Márcio Lacerda; "Eu falo aqui dos
investimentos da União, mas eu quero esclarecer que eles viabilizam um
investimento maior. O que nós colocamos é que nem fermento em bolo",
disse; "Com o apoio do meu governo, Belo Horizonte está conseguindo",
acrescentou; ao lado do ministro Fernando Pimentel, pré-candidato ao
governo do estado, Dilma Rousseff anunciou a liberação de R$ 2,55
bilhões para obras de mobilidade urbana na capital
247 - A presidente Dilma Rousseff provou nesta
sexta-feira 17, em Belo Horizonte, que sabe ser mineiríssima quando
quer. Ao lado do governador Antonio Anastasia, do PSDB, do prefeito de
Belo Horizonte, do PSB, e do ministro do Desenvovimento, Fernando
Pimentel, do PT, ela teve capacidade de não apenas falar bem dos três
políticos - cada um dele em campos políticos opostos --, mas, também, de
si mesma.
Dilma disse estar feliz com seu comportamemto "republicano". E
assinalou que os investimentos da União feitos no Estado se viabilizaram
também pela competência do governador tucano e do prefeito socialista.
Ao falar bem de seu próprio governo, a presidente afagou seu ministro do
Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que será o candidato do PT ao
governo do Estado em outubro.
Abaixo, notícia da agência Reuters a respeito:
17 Jan (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta
sexta-feira investimentos em Minas Gerais, Estado governado pelo PSDB,
mas foi cuidadosa ao dizer que os recursos federais servirão como
"fermento" para o desenvolvimento da região e ao deixar clara a
participação dos governos estadual e municipais nas obras.
Em seu primeiro evento de 2014, a presidente elogiou a atuação do
governador, Antonio Anastasia (PSDB), e do prefeito de Belo Horizonte,
Márcio Lacerda (PSB). Tanto tucanos quanto socialistas devem indicar os
presidentes das duas legendas --Aécio Neves e Eduardo Campos,
respectivamente-- como candidatos à Presidência da República na eleição
deste ano.
"Eu falo aqui dos investimentos da União, mas eu quero esclarecer que
eles viabilizam um investimento maior. O que nós colocamos é que nem
fermento em bolo. O bolo cresce e os Estados e municípios participam e
melhoram a participação", disse a presidente durante o evento em Belo
Horizonte.
"Com o apoio do meu governo, Belo Horizonte está conseguindo. E eu
quero aqui sinalizar que é um desempenho excelente, se a gente considera
as outras cidades e outras regiões metropolitanas do país, e nisso o
governador e o prefeito estão de parabéns."
O PSDB e o PSB há anos mantêm uma aliança que os alçou ao poder do Estado e tem mantido o PT fora do jogo local.
Ao discursar, Dilma afirmou não fazer distinção entre os Estados e
municípios por conta do partido político de seus governantes, mas sim da
necessidade da região.
A presidente se disse ainda "orgulhosa" de sua postura à frente da Presidência e de seu comportamento "republicano".
"Como presidenta de todos os brasileiros, eu não posso fazer
discriminação por partido político, por time de futebol... por
religião", disse.
"Essa evolução para esse federalismo que o governador (Anastasia) de
forma excepcional chamou de cooperativo, esta evolução é uma marca dos
últimos anos", acrescentou, citando o discurso anterior do governador
tucano.
Dilma anunciou nesta sexta mais de 2,5 bilhões de reais em obras de
transporte coletivo para Belo Horizonte, valor que faz parte dos 50
bilhões de reais anunciados pelo governo no ano passado para projetos de
mobilidade urbana no país, depois dos protestos populares de junho.
Desde as manifestações, que levaram mais de um milhão de pessoas às
ruas de diversas cidades do país em seu auge, a presidente tem viajado o
país para anunciar investimentos em transporte público, uma das
principais demandas da movimentação popular.
Apenas para o Estado de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral
do país, foi anunciado nesta sexta-feira um investimento de 6,2 bilhões
de reais em obras de mobilidade em 19 empreendimentos.
A presidente anunciou ainda a inclusão no Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) de obra de pavimentação de 51 quilômetros da BR-174,
essencial para escoamento da produção agrícola, segundo Dilma.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello, em Brasília)
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobe o evento:
Dilma defende parceria entre governos e distribuição republicana de recursos
Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília- Em sua primeira viagem oficial a Belo Horizonte este ano, a
presidenta Dilma Rousseff defendeu a parceria entre os governos
federal, estadual e municipal. A dirigente também criticou a
distribuição de recursos públicos de acordo com preferências partidárias
ou pessoais.
"Isso era antidemocrático. Essa evolução para esse federalismo
cooperativo é uma marca dos últimos anos. Eu tenho muito orgulho de ter
tido um comportamento à frente da Presidência da República, de manter
esse comportamento republicano, em que se olha a importância dos estados
e dos municípios", disse.
"Mesmo que uma série de atribuições seja de estados e municípios, é
uma visão absolutamente incorreta pensar, como se pensou no passado, que
o governo federal e a União poderiam ter uma atitude tipo Pôncio
Pilatos, de lavar as mãos diante do problema", ressaltou. "Temos de
responder a todos que nos elegeram e também aos que não votaram em nós",
completou.
A presidenta também citou avanços do país nos últimos anos,
principalmente na área social, e condenou práticas adotadas em gestões
anteriores. "Temos estabilidade institucional, somos um país que cumpre
contratos e, sobretudo, somos país que amadureceu. Um país em que o povo
não aceita processos tradicionais em que recursos públicos eram vistos
como propriedade dos governantes", criticou.
A presidenta esteve na capital mineira nesta sexta-feira (17) para
anunciar a liberação de R$ 2,55 bilhões em recursos federais para obras
de mobilidade urbana em Belo Horizonte e na região metropolitana. Um
total de R$ 1,28 bilhão virá do Orçamento Geral da União e R$ 1,27
bilhão de financiamento público com juros subsidiados, sendo esses
recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Segundo a
presidenta, o governo federal já investiu em todo o país, durante seu
governo, cerca de R$ 140 bilhões em obras desse tipo.
No PAC 2 estão previstos, além da obra de expansão do metrô da
capital – anunciada pela presidenta em 2012, com a construção das linhas
2 (Calafate/Barreiro) e 3 (Savassi/Lagoinha) –, ações que contemplarão
oito cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Serão
construídos 11 terminais de ônibus nas cidades vizinhas à capital, sendo
dois em Santa Luzia, Contagem e Ribeirão das Neves, e um equipamento
desse tipo em Vespasiano, Sabará, Ibirité e Sarzedo. Outra obra incluída
no programa é a criação do corredor exclusivo no Boulevard Arrudas e
obras de melhoria no Complexo Viário da Lagoinha.
No mesmo evento, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda,
assinou contrato de financiamento para obras de mobilidade com a Caixa
Econômica Federal e outros dois para obras de contenção de encostas,
ações de drenagem e pavimentação de vias, todas elas parte do PAC.
Segundo o Ministério das Cidades, os investimentos em Minas Gerais
por meio das obras contempladas no PAC Mobilidade alcançam R$ 5,41
bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão do Orçamento da União, R$ 2,4 bilhões de
financiamento público, R$ 1,2 bilhão de participação do setor privado e
R$ 600 milhões de contrapartida do estado e do município.
Brasil 247
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