26 de fevereiro de 2014 | 12:59 Autor: Fernando Brito
Alguém pode imaginar a revista Veja, mesmo pretensiosa como é, pedir a demissão do Ministro das Finanças da Inglaterra?
Pois o pasquim (com minúscula) de economia britânico, o Financial Times (aqui, no UOL, em português) com
um deboche intolerável, diz hoje que “faria maravilhas” ao Brasil
trocar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, “por alguém que seja
simpático ao mercado”.
Os súditos de Sua Majestade deveriam, antes, olhar o próprio rabo.
O PIB brasileiro é, hoje, o dobro – em dólares – do que era quando Guido Mantega assumiu, há oito anos.
No mesmo período, o PIB do Reino Unido cresceu zero, isso mesmo:ZERO, desde aquela data.
E está a um passo de ser ultrapassado pelo brasileiro.Visualizar
E nós não construímos as bases de nossa economia assaltando nações pelo mundo, não.
Inclusive o Brasil, pois o saque colonial feito por Portugal ia
terminar no nascente parque industrial inglês e na paga por proteção
britânica, no ocaso do império português.
Se o Finacial Times quiser, a gente explica como foi o Tratado de
Methuen, pelo qual Portugal dava aos ingleses o monopólio da indústria
têxtil em troca da liberdade alfandegária para seus vinhos. Claro que
Portugal comprava infinitamente mais do que vendia e quem pagou a dívida
foi o ouro de Minas Gerais.
E boa parte da simpatia dos republicanos brasileiros pelos Estados
Unidos vinha do fato de aquele país ter se livrado do jugo tributário
imposto pelos ingleses.
Uma ex-potência arrogante, o Reino Unido deveria se preocupar mais
com seus problemas e deixar em paz a autodeterminação brasileira.
Mas, infelizmente, vai ter muita gente aqui feliz com o deboche da City.
Sabem como é, Joaquim Silvério dos Reis deixou descendentes.
Tijolaço
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