A decisão foi tomada porque Yanukovich "abandonou
suas funções constitucionais". O presidente deixou Kiev neste sábado
após a assinatura de um acordo com a oposição nessa sexta-feira, 21, que
já estabelecia a realização de eleições neste ano, sem dada marcada.
Governo e oposição haviam assinado um acordo que previa a volta à
Constituição de 2004, reduzindo os poderes do presidente e aumentando os
do Parlamento, e a convocação de eleições antecipadas. Mais cedo, o
agora presidente deposto disse ser vítima de um golpe de Estado
Kiev (Reuters) - O Parlamento Ucraniano
determinou neste sábado, 22, a destituição do presidente Viktor
Yanukovich do poder e convocou novas eleições para o dia 25 de maio. A
decisão foi tomada porque Yanukovich "abandonou suas funções
constitucionais". O presidente deixou Kiev neste sábado após a
assinatura de um acordo com a oposição nessa sexta-feira, 21, que já
estabelecia a realização de eleições neste ano, sem dada marcada.
Os deputados reunidos no Parlamento aplaudiram a decisão e cantaram o
hino nacional. Pouco antes, o Parlamento aprovou libertação imediata da
líder oposicionista Yulia Tymoshenko. Há a expectativa de que ela seja
solta ainda neste sábado. Nesta sexta, governo e oposição haviam
assinado um acordo que previa a volta à Constituição de 2004, reduzindo
os poderes do presidente e aumentando os do Parlamento, e a convocação
de eleições antecipadas.
Mais cedo, o agora presidente deposto disse ser vítima de um golpe de
Estado. "Os eventos testemunhados por nosso país e todo o mundo são um
exemplo de um golpe Estado", disse o presidente, segundo a Reuters.
Yanukovich também disse que não tem a intenção de renunciar nem de
deixar o país, como disseram líderes da oposição. Ele ainda afirmou que
todas as decisões tomadas pelo Parlamento neste sábado – inclusive a
libertação imediata da líder oposicionista Yulia Tymoshenko – são
ilegais. O presidente não divulgou onde está, mas disse que vai
permanecer no sudeste da Ucrânia.
O presidente ainda comparou a situação na Ucrânia com a tomada do
poder pelos nazistas na Alemanha na década de 1930. Na mesma entrevista,
Yanukovich chamou os oposicionistas de "gângsters" e disse que não irá
negociar com eles.
Um pouco antes da destituição de Yanukovich, a Rússia condenou a
atitude da oposição ucraniana depois do acordo alcançado na véspera com o
governo e denunciou uma ameaça à soberania do país vizinho.
"Além de não cumprir suas obrigações, a oposição impôs novas
exigências, submetendo-se aos extremistas armados e aos criminosos cujos
atos constituem uma ameaça direta à soberania e à ordem constitucional
da Ucrânia", declarou o Ministério russo das Relações Exteriores em um
comunicado.
Brasil 247
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