Consolidado no segundo lugar nas pesquisas, à
frente da oposição na articulação da CPI da Petrobras e com PSDB mais
aguerrido, Aécio Neves sofre com derrubada, no STF, de 100 mil
contratações feitas em sua gestão no governo de Minas Gerais; em seu
reduto, indiciamento pela Polícia Federal do pré-candidato Pimenta da
Veiga pode levar a reviravolta na escolha do partido; plano para abrir 4
milhões de votos de vantagem em Minas, na corrida presidencial, corre
risco se postulante a governador tiver desempenho fraco; campanha do
presidenciável tucano enfrenta desafio
247 – Em seu melhor momento na corrida para a
Presidência da República, o tucano Aécio Neves acaba de sofrer dois
golpes em sua retaguarda jurídica e política. No Supremo Tribunal
Federal, com relatoria do ministro Dias Toffoli, a maioria acompanhou o
relator na quinta-feira 10 e derrubou 100 mil contratações no serviço
público feitas durante sua gestão no governo de Minas. Os empregos
deverão ser extintos, com um impacto ainda não avaliado sobre a imagem
do ex-governador.
No campo político, o problema está com o candidato de Aécio ao
governo de Minas, o ex-ministro Pimenta da Veiga. Indiciado pela Polícia
Federal pelo crime de lavagem de dinheiro, Pimenta ficou exposto a
ataques disparados de várias direções. E Aécio foi levado nesta sexta 11
a comentar o assunto:
— O que é estranho é que depois de cerca de dez anos, quando ele vira
pré-candidato, esse assunto surge. Ele já deu esclarecimentos, disse
Aécio, referindo-se à denúncia oferecida em 2007 pela Procuradoria-Geral
da República, o chamado mensalão mineiro. O caso tem o publicitário
Marcos Valério, dono da DNA Propaganda, como pivô.
- O Pimenta é um advogado que trabalhava para inúmeras empresas,
entre elas, empresas de comunicação, sobre a qual não recaía nenhuma
suspeita. Advogou para essa empresa, recebeu remuneração e declarou no
imposto de renda.
No Congresso, a iniciativa liderada por Aécio de investigar a
Petrobras pela compra, em 2006, da refinaria de Pasadena, está
esbarrando na reaglutinação das forças governistas. O que parecia ser
uma fácil instalação de CPI tornou-se o início de um imbróglio para o
PSDB e o PSB, com o rebatimento, pelos governistas, de incluir contratos
de trens e metrô em São Paulo e Belo Horizonte e o porto de Suape, em
Pernambuco.
Brasil 247
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