O número poderia ser ainda maior, diz Ministério da Saúde, caso os conselhos regionais não retivessem os registros provisórios dos estrangeiros.
Najla Passos
Brasília - O programa Mais Médicos, cuja medida
provisória que o instituiu passa a trancar a pauta de votações do Senado
esta semana, já garante atendimento médico a 3,5 milhões de
brasileiros. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que 1.020
profissionais estão atuando no programa lançado em julho pelo governo
federal, mas o número poderia ser ainda maior, caso os conselhos
regionais de Medicina liberassem os registros provisórios de 237
estrangeiros que estão sendo retidos para além do tempo legal.
“A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente muito mais”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo ele, mais 2.597 médicos, estrangeiros e brasileiros, estão em treinamento na segunda fase do Mais Médicos. O desafio é garantir que as entidades médicas não atrasem o início de sua atuação, que garantirá atendimento médico para um total de 13,3 milhões de brasileiros.
Na semana passada, a Câmara aprovou uma proposta para a MP do Mais Médicos que põe fim ao boicote das entidades médicas, ao permitir que os registros sejam concedidos pelo próprio Ministério da Saúde. A mudança ainda precisa ser aprovada pelo Senado para começar a valer.
Na Câmara, foi uma votação difícil. Por conta das tentativas de obstrução, a apreciação da matéria levou mais de 8 horas para ser concluída. DEM e PSD obstruíram a votação, em defesa dos interesses corporativos das entidades médicas. Os deputados da bancada ruralista também se recusaram a votar a matéria, exigindo a criação da comissão que analisará a demarcação de terras indígenas.
Uma semana antes, até o PMDB ameaçou entrar em obstrução, caso PT, PCdoB, PDT e PSB não se comprometessem a votar a minirreforma eleitoral proposta pelo Senado. Uma reunião da presidenta Dilma com os líderes da base aliada, um dia antes, conseguiu conter o impasse. O PMDB aprovou o Mais Médicos e os demais partidos se comprometeram a votar a minirreforma, ainda que com posição contrária a sua aprovação.
Números do Mais Médicos
Dos 1.020 profissionais já em atividade pelo Mais Médicos, 577 se formaram no Brasil e 443 no exterior. O Nordeste concentra o maior número de pessoas beneficiadas pelo programa: 1,4 milhão. Do total de médicos em atividade, 40% estão alocados nos estados da região, com destaque para Bahia e Ceará que, juntos, reúnem 205 profissionais, com capacidade para cobrir mais de 707 mil pessoas.
No Norte, o programa atinge cerca de 740 mil pessoas, com a atuação de 20% dos profissionais. No Sudeste, a iniciativa já chega a mais de 585 mil pessoas e, no Sul, a mais de 480 mil, enquanto no Centro-Oeste a população beneficiada é de quase 245 mil.
Os médicos contratados na primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e 17 distritos sanitários indígenas: 71% dos locais atendidos ficam no interior do país. Do total de locais atendidos, 423 são cidades com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, além de regiões indígenas. As demais áreas atendidas são periferias de 20 capitais e 151 regiões metropolitanas.
“A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente muito mais”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Segundo ele, mais 2.597 médicos, estrangeiros e brasileiros, estão em treinamento na segunda fase do Mais Médicos. O desafio é garantir que as entidades médicas não atrasem o início de sua atuação, que garantirá atendimento médico para um total de 13,3 milhões de brasileiros.
Na semana passada, a Câmara aprovou uma proposta para a MP do Mais Médicos que põe fim ao boicote das entidades médicas, ao permitir que os registros sejam concedidos pelo próprio Ministério da Saúde. A mudança ainda precisa ser aprovada pelo Senado para começar a valer.
Na Câmara, foi uma votação difícil. Por conta das tentativas de obstrução, a apreciação da matéria levou mais de 8 horas para ser concluída. DEM e PSD obstruíram a votação, em defesa dos interesses corporativos das entidades médicas. Os deputados da bancada ruralista também se recusaram a votar a matéria, exigindo a criação da comissão que analisará a demarcação de terras indígenas.
Uma semana antes, até o PMDB ameaçou entrar em obstrução, caso PT, PCdoB, PDT e PSB não se comprometessem a votar a minirreforma eleitoral proposta pelo Senado. Uma reunião da presidenta Dilma com os líderes da base aliada, um dia antes, conseguiu conter o impasse. O PMDB aprovou o Mais Médicos e os demais partidos se comprometeram a votar a minirreforma, ainda que com posição contrária a sua aprovação.
Números do Mais Médicos
Dos 1.020 profissionais já em atividade pelo Mais Médicos, 577 se formaram no Brasil e 443 no exterior. O Nordeste concentra o maior número de pessoas beneficiadas pelo programa: 1,4 milhão. Do total de médicos em atividade, 40% estão alocados nos estados da região, com destaque para Bahia e Ceará que, juntos, reúnem 205 profissionais, com capacidade para cobrir mais de 707 mil pessoas.
No Norte, o programa atinge cerca de 740 mil pessoas, com a atuação de 20% dos profissionais. No Sudeste, a iniciativa já chega a mais de 585 mil pessoas e, no Sul, a mais de 480 mil, enquanto no Centro-Oeste a população beneficiada é de quase 245 mil.
Os médicos contratados na primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e 17 distritos sanitários indígenas: 71% dos locais atendidos ficam no interior do país. Do total de locais atendidos, 423 são cidades com 20% ou mais de sua população em situação de extrema pobreza, além de regiões indígenas. As demais áreas atendidas são periferias de 20 capitais e 151 regiões metropolitanas.
Carta Maior
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