17 de fevereiro de 2014 | 18:32 Autor: Fernando Brito
A imprensa brasileira se compraz de ver um juiz negar prisão
domiciliar para José Genoíno, mesmo este tendo graves problemas
cardíacos.
É isso aí, Juiz tem que ser impiedoso, durão, implacável.
Mas não li uma palavra de indignação, um comentarista “cult”
protestando contra o que aconteceu em Brasília, com a soltura, quase que
imediata, de uma mulher, de naturalidade australiana – mas naturalizada
brasileira Louise Stephany Garcia Gaunt- que reiteradamente praticou
crime de racismo, ao se recusar a ser atendida por uma manicure negra,
mandou-se se retirar do ambiente e ainda ofendeu outra cliente, negra, e
um policial – também negro – que atendeu o caso.
Nem mesmo 24 horas a cidadã ficou presa, por um crime que é inafiançável.
Foi solta por um habeas-corpus, sobre o qual a imprensa nada diz, inclusive o nome do sr. Juiz que o concedeu.
Nenhum senhor Promotor Público apareceu protestando e recorrendo, em nome da sociedade, da decisão.
Não teve “Sheherazade” para dizer que seria “compreensível” se a
negra Tassia, desencatada com a Justiça que “protege australiana
bandidinha” tivessem acorrentado a mulher pelo pescoço a um poste e
arrancado suas roupas, deixando-a para a polícia.
Porque Tassia, suas colegas e a dona do salão foram pessoas
civilizadas, que fizeram o correto, enfrentar a ofensa e chamar a
polícia, que cumpriu a lei e levou a racista à prisão.
Sua atitude é um exemplo de que a sociedade não é feita de bárbaros,
diz a Barbie que fala que nosso país não é civilizado. Talvez a senhora
Gaunt., que estudou na escola Americana de Brasília, é quem não seja. E
olhe que ela é servidora pública, com o salário pago por todos,
inclusive a negra Tassia.
Ninguém quer agredi-la ou linchá-la, mas que seja tratada com a lei.
Nem que mofe na cadeia, mas que a imprensa ao menos apure e divulgue o
que levou o juiz a soltá-la.
Temos uma lei, a lei Caó, que pune o
crime e não permite o relaxamento da prisão por fiança e temos uma
imensa maioria de pessoas que quer vê-la respeitada.
Maioria talvez não tão grande numa Justiça que funciona de maneira
descaradamente discriminatória, que sai correndo para cuidar de gente
“boa” como a D. Louise.
Gente tão boa que destila ódio nas páginas dos sites da grande
mídia, como você pode ver vos comentários postados a respeito do vídeo,
no site do Terra.
Tijolaço
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