Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, divulga nota para conter especulações sobre eventual
candidatura à presidência da República em 2014, depois que uma
reportagem da revista Veja atribui a ele a frase "acho que já é hora de
sair"; no entanto, ele confirma que deixará o tribunal antes da saída
compulsória aos 70 anos e diz que suas próximas decisões serão "de
caráter privado"; ele também negou ter dito que o Partido dos
Trabalhadores foi "tomado por bandidos"
247 - O
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, divulgou nota
neste sábado para comentar a reportagem da revista Veja que lhe atribui a
frase "acho que já é hora de sair". Na nota, ele confirmou a intenção
de deixar a suprema corte antes da aposentadoria compulsória aos 70
anos, mas diz que não será candidato a presidência da República em 2014.
No entanto, a nota não deixa claro se Barbosa disputará outro cargo
público ou não. Ele já recebeu um convite do PSB para disputar uma vaga
ao Senado pelo Rio de Janeiro e especula-se, também, que ele poderá
tentar o governo do Distrito Federal.
Eis a íntegra da nota, divulgada por sua assessoria:
1) O Presidente do Supremo Tribunal
Federal, Ministro Joaquim Barbosa, ratifica que não é candidato a
presidente nas eleições de 2014.
2) Com relação a uma possível
renúncia ao cargo que hoje ocupa, o Ministro já manifestou diversas
vezes seu desejo de não permanecer no Supremo até a idade de 70 anos,
quando teria que se aposentar compulsoriamente. No entanto, não existe
nenhuma definição em relação ao momento de sua saída. Ele não fez
consulta alguma ao setor de recursos humanos do STF sobre benefícios de
aposentadoria.
3) No que se refere ao seu futuro
após deixar o Tribunal, o Ministro reserva-se o direito de tomar as
decisões que julgar mais adequadas para a sua vida na ocasião oportuna.
Entende que após deixar a condição de servidor público, suas decisões
passam a ser de caráter privado.
4) O Ministro Joaquim Barbosa não
faz juízo de valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros,
individualmente. A respeito do quadro partidário, já expressou sua
opinião no sentido da realização de uma ampla reforma política que
aprimore o atual sistema. Apesar de já ter tornado público o seu voto
nas últimas três eleições presidenciais, o Presidente do STF, Tribunal
que é o guardião da Constituição, ratifica seu respeito por todas as
agremiações partidárias, seus filiados e eleitores.
Brasil 247
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