quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dra. Idania: “ninguém veio enganado de Cuba”. E minha família recebe lá.

13 de fevereiro de 2014 | 10:13 Autor: Fernando Brito
idania
No meio desta “onda” com a deserção de 0,1% dos cinco mil médicos cubanos que vieram servir ao povo brasileiro, volta e meia surge uma matéria que desmonta a histeria.


É o caso da que saiu hoje no G1, uma entrevista com a médica cubana Idania Garrido,  que trabalha no centro de saúde 1 de Santa Maria, periferia pobre do  Distrito Federal, desde outubro.


Idania demonta a história da  colega Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o Mais Médicos dizendo  que profissionais estrangeiros recebiam uma bolsa maior que a dos cubanos. “Ela teve uma conduta inadequada. Todos sabiam a missão que cumpriríamos no Brasil”, afirmou.


“Encaro que ela teve uma atitude errada. Nós viemos para cá sabendo tudo que aconteceria no Brasil. Ninguém veio enganado. Todos estávamos de acordo”, E a minha família recebe uma ajuda do governo de Cuba, justamente porque estou aqui.


A reportagem conta que Idania trabalho por  26 meses República da Gâmbia, na África,  e que as diferenças de idioma e que os relatos de más condições de trabalho não a intimidaram. A surpresa mesmo foi cair em Brasília. “Eu achava que iria para Amazônia.”


Ela fala que se candidatou a vir “instigada pelas notícias de que profissionais brasileiros se recusavam a fazer atendimento em áreas rurais”. Com seus dois filhos, de 16 e 23 anos,  conversa pela internet e por telefone e diz ter estudado para compreender doenças como Chagas e hantavirose  que, segundo ela,  ”não existem em Cuba”.


Afirmando não ter enfrentado dificuldades desde que chegou, nem mesmo em relação a material para o trabalho, Idania diz também discordar da maneira como médicos brasileiros supostamente lidam com os problemas no dia a dia das unidades de saúde. “Fizemos um juramento de trabalhar onde fosse necessário, por quem precisasse”, afirma”.


“Eu acho que condição se cria. É claro, é responsabilidade do Estado e do Ministério da Saúde preparar os lugares, fornecer os materiais. Mas nós, cubanos, temos uma formação diferente”, completa. “Os médicos cubanos só precisam de um estetoscópio, um medidor de pressão e uma caneta. E, também, de saber fazer um bom interrogatório (que em medicina chama-se anamnese).”
E –  não está  no texto, mas ela diz no vídeo que acompanha a matéria – “a vontade do médico”.



Tijolaço

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