31 de março de 2014 | 19:26 Autor: Fernando Brito
Uma pessoa presente à palestra de Aécio Neves hoje, numa associação
de empresários, relata que, ao prometer “reestatizar” a Petrobras, Aécio
Neves admitiu rever o modelo de partilha do petróleo da camada pré-sal,
instituído por Lula e que garante não apenas que o Estado brasileiro
fica com parte da produção como assegura que a Petrobras seja a
operadora única, com pelo menos 30% de qualquer consórcio privado que
receba o direito de explorar o óleo.
Não é, a rigor, novidade.
O tucano já havia defendido a volta ao modelo de concessão de Fernando Henrique Cardoso em outubro do ano passado.
É o mesmo que José Serra havia prometido a Patrícia Pradal, executiva da Chevron, numa reunião privada, que vazou com os telegramas do Wikileaks.
Não seria de esperar outra coisa de um candidato que, pela primeira vez desde 2002, resolveu se assumir como “fernandista”.
À medida em que os dias forem se passando, a mistificação em torno da
CPI da Petrobras vai deixar claro o pano de fundo de toda essa
história.
Enquanto isso, a campanha de desgaste da Petrobras, além de prejudicar a empresa e o país, vai servindo para todo tipo de esperteza no mercado de capitais contra os pequenos investidores.
Aliás, Aécio estava atacado e disse que “tanto faria” enfrentar Dilma ou Lula nas eleições.
São provocações pueris de Aécio, contra-atacando a ânsia dos últimos
dias de Eduardo Campos, que tentou se mostrar mais anti-Lula do que ele.
Tijolaço
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