Economista Paul Krugman, Nobel de Economia de
2008, passa o trator sobre avaliações pessimistas e previsões
catastrofistas para a economia brasileira; "O Brasil saiu da crise
mundial muito bem e não se justificam preocupações com sua economia",
disse; colunista permanente do jornal The New York Times, ele participou
de seminário promovido pela revista Carta Capital; "O Brasil não é
vulnerável há muito tempo", cravou ele, citando reservas internacionas
de US$ 360 bilhões e PIB superior a US$ 2 trilhões
247 - Economista, colunista permanente do jornal
The New York Times e figura central no debate mundial, Paul Krugman tem
algo que seus colegas de comentários não tem: um prêmio Nobel de
Economia, ganho por ele em 2008, em razão de suas pesquisas sobre a nova
geografia econômica mundial. O que ele fala se torna referencial.
Pois Krugman acaba de, aqui mesmo no Brasil, passar o seu trator
sobre as atuais análises pessimistas e projeções catastrofistas sobre a
economia brasileira. Atacando de frente uma palavra usada em relatório
do Feeral reserve sobre o País, o economista não fez rodeios:
- O Brasil não é vulnerável há muito tempo, disse Krugman no início
da tarde desta terça-feira 18, em São Paulo, durante seminário promovido
pela revista Carta Capital.
- O Brasil saiu da crise mundial muito bem e não se justificam
preocupações com sua economia", frisou. Para ele, o País apresenta um
desempenho muito bom da economia, em meio à crise internacional". "Há
maior confiança no País e que política fiscal será mais responsável",
apontou. Ele destacou que a dívida externa do País, "perto de US$ 300
bilhões", não é mais um fator importante no caso do País, pois seu PIB é
bem maior, pouco acima de US$ 2 trilhões, e possui reservas próximas de
US$ 370 bilhões.
- Além disso, o País tem hoje uma menor exposição em dívida denominada em moeda estrangeira", detalhou.
Os problemas, segundo o premiado com o Nobel, estão em outra parte do mundo.
- Estou preocupado com um choque na economia chinesa, mas não seria
catástrofe", analisou. "Como proporção do PIB no país, os investimentos
atingem 50% e o consumo das famílias chega a 30%. Essa proporção precisa
inverter".
Krugman criticou a manutenção do uso da expressão Brics para juntar, num mesmo saco, países como China, Brasil, ìndia e Rússia.
- O conceito Brics é muito peculiar. Ele representa um conjunto de países que não têm semelhanças", refletiu.
Procurando corrigir o que considera ser o rumo errado do mercado,
Krugman disse que, com Janet Yellen na presidência do Fed, os juros nos
EUA tendem a continuar baixos.
- Yellen quer manter a taxa de juros bem baixas por muito tempo. Os
mercados estão errados", comentou. "A política de afrouxamento
quantitativo foi uma decepção como política monetária", disse,
ressaltando que ela não ajudou a fortalecer o consumo norte-americano
nos últimos anos.
Brasil 247
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