Depois de um mês de muita tensão nas relações
entre o PMDB e o governo na Câmara, com a formação, inclusive, de um
blocão de insatisfeitos que votou contra o Planalto, o partido do
vice-presidente Michel Temer optou por dar uma trégua e, após
negociações, votou pela aprovação do Marco Civil da internet; o líder do
PMDB, Eduardo Cunha, que liderou a rebelião, já havia declarado mais
cedo nesta terça (25) que a bancada do partido votaria favoravelmente à
proposta; segundo ele, o partido mudou de posição em virtude das
mudanças realizadas no texto pelo relator da proposta, Alessandro Molon
(PT); matéria foi aprovada em votação simbólica e será encaminhada para o
Senado
Atualização às 21h15
Agência Câmara - O Plenário da Câmara dos Deputados
aprovou há pouco o marco civil da internet (PL 2126/11, do Executivo),
que disciplina direitos e proibições no uso da internet, assim como
define os casos em que a Justiça pode requisitar registros de acesso à
rede e a comunicações de usuários. A matéria foi aprovada em votação
simbólica e será encaminhada para o Senado.
Segundo o texto aprovado, do relator Alessandro Molon (PT-RJ), não
será mais exigido o uso de data centers no Brasil para armazenamento de
dados; e a regulamentação por decreto da neutralidade da rede deverá
seguir os parâmetros estabelecidos na lei, conforme previsto na
Constituição. Para elaborar o decreto, a Presidência da República deverá
ouvir a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Comitê Gestor
da Internet (CGI).
Abaixo matéria anterior (publicada às 19h38)
Agência Câmara - O líder do PMDB, deputado Eduardo
Cunha (RJ), disse há pouco que a bancada do partido vai votar
favoravelmente à proposta do marco civil da internet (PL 2126/11, do
Executivo), que será analisada pelo Plenário da Câmara dos Deputados
hoje. Segundo ele, o partido mudou de posição em virtude das mudanças
realizadas no texto pelo relator da proposta, Alessandro Molon (PT-RJ).
Na manhã de hoje, Molon confirmou que vai suprimir do texto a
obrigatoriedade de instalação de data centers no Brasil pelas empresas
de internet. Além disso, ele vai alterar o dispositivo que determina que
a regulamentação das exceções à neutralidade da rede será feito por
decreto da Presidência da República. Ele pretende deixar claro que esse
regulamento deverá seguir a determinação constitucional de "fiel
execução da lei". Segundo ele, isso significa que o regulamento só
poderá tratar das exceções à neutralidade previstas na lei - ou seja,
para serviços de emergência e por razões técnicas.
Após a reunião da bancada do PMDB, Cunha confirmou ainda que o
partido retirou todos os destaques que havia apresentado à proposta do
marco civil. Mas, segundo ele, a bancada continua sendo contrária ao
artigo 20, que determina que os provedores de internet só serão
considerados responsáveis por publicações ofensivas postadas na rede
caso descumpram ordem judicial mandando retirar o conteúdo. "Se algum
partido apresentar destaque pela retirada desse artigo, a bancada votará
pela rejeição do artigo", ressaltou.
Cunha acredita que, só com uma notificação do ofendido, a empresa já
deva ser responsabilizada, caso não retire o conteúdo. Porém, o relator
acredita que isso fere a liberdade de expressão na rede e já se
manifestou contrariamente à alteração desse ponto do texto.
Abaixo matéria da Agência Brasil:
PMDB vota a favor do marco civil da internet e retira todos os destaques
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
A bancada do PMDB, reunida na tarde de hoje (25) decidiu votar
favoravelmente ao projeto do marco civil da internet. Segundo o líder do
partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), que ficou encarregado de negociar
a votação da proposta, o PMDB mudou de posição em função das mudanças
feitas no texto pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator da
matéria.
Eduardo Cunha informou, ainda, que o PMDB retirou todos os destaques e
emendas que havia apresentado ao texto apresentado por Molon. O PMDB
continua tendo posição contrária ao Artigo 20, que estabelece que os
provedores só serão considerados responsáveis por publicações ofensivas
postadas, caso descumpram ordem judicial que determine a retirada do
conteúdo. Cunha disse que se algum partido apresentar destaque para
retirar o artigo do texto, o PMDB votará a favor.
O projeto do marco civil da internet deverá ser votado hoje pelo
plenário da Câmara. Depois será encaminhado à apreciação do Senado
Federal. A proposta está tramitando em regime de urgência e vem
trancando a pauta de votações da Câmara desde o ano passado.
Brasil 247
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