quarta-feira, 26 de março de 2014

Graça Foster: "Não fica pedra sobre pedra"

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No momento em que a oposição no Senado se articula para aprovar uma CPI sobre a Petrobras, a presidente da estatal assume postura pró-ativa e informa que abriu uma comissão para apurar a compra da refinaria Pasadena, no Texas, e o envolvimento no negócio do ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Policia Federal; “É muito importante que se saiba que a Petrobras tem um comando. É uma empresa que tem 85 mil funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. E o que precisa ser investigado é investigado. Eu preciso de uma comissão para me sentir respaldada a discutir Pasadena”, disse
26 de Março de 2014 às 05:56


247 – A presidente da Petrobras, Graça Foster, assume as rédeas da série de polêmicas envolvendo a estatal e anuncia a abertura de uma comissão de apuração interna. “É muito importante que se saiba que a Petrobras tem um comando. É uma empresa que tem 85 mil funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. E o que precisa ser investigado é investigado. Eu preciso de uma comissão para me sentir respaldada a discutir Pasadena”, disse. 

Após um acordo entre parlamentares governistas e de oposição, os requerimentos de convite à presidente da Petrobras e ao ministro de Minas e Energia foram aprovados nesta terça-feira pelas Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e de Fiscalização e Controle (CMA) e a de Assuntos e Econômicos (CAE); senadores cobram explicações sobre a compra da refinaria do Texas.

Com a liderança do PSB, a oposição no Senado também se articula para aprovar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeitas contra a Petrobras. O caso já é investigado pelo Ministério Público, Policia Federal e Tribunal de Contas da União.
Em entrevista ao Globo, Graça confirmou as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a compra em 2006, de que no resumo executivo não consta a cláusula Marlim, que trata da rentabilidade e garantia o retorno de 6,9% ao ano ao grupo belga Astra, sócio da Petrobras; e não consta o put option, que trata da saída da outra parte da companhia e forçou a estatal a comprar a fatia dos belgas. 

Ela também citou o caso do ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava-Jato da PF, como um outro motivador para abertura da comissão. Graça diz que desconhecia a existência de um comitê de proprietários de Pasadena no qual o Paulo Roberto era representante da Petrobras. “Não aceito descobrir que estou falando um número e o número correto é outro (em referência ao valor pago pela Pasadena em 2006). Não aceito que me venha um comitê que eu não sabia. E não fica pedra sobre pedra, não fica”.



Brasil 247

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