No momento em que a oposição no Senado se articula
para aprovar uma CPI sobre a Petrobras, a presidente da estatal assume
postura pró-ativa e informa que abriu uma comissão para apurar a compra
da refinaria Pasadena, no Texas, e o envolvimento no negócio do
ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Policia
Federal; “É muito importante que se saiba que a Petrobras tem um
comando. É uma empresa que tem 85 mil funcionários e tem uma presidente.
Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. E o que precisa ser investigado é
investigado. Eu preciso de uma comissão para me sentir respaldada a
discutir Pasadena”, disse
247 – A presidente da Petrobras, Graça Foster,
assume as rédeas da série de polêmicas envolvendo a estatal e anuncia a
abertura de uma comissão de apuração interna. “É muito importante que se
saiba que a Petrobras tem um comando. É uma empresa que tem 85 mil
funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. E
o que precisa ser investigado é investigado. Eu preciso de uma comissão
para me sentir respaldada a discutir Pasadena”, disse.
Após um acordo entre parlamentares governistas e de oposição, os
requerimentos de convite à presidente da Petrobras e ao ministro de
Minas e Energia foram aprovados nesta terça-feira pelas Comissões de
Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e de Fiscalização e Controle (CMA) e
a de Assuntos e Econômicos (CAE); senadores cobram explicações sobre a
compra da refinaria do Texas.
Com a liderança do PSB, a oposição no Senado também se articula para
aprovar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suspeitas
contra a Petrobras. O caso já é investigado pelo Ministério Público,
Policia Federal e Tribunal de Contas da União.
Em entrevista ao Globo, Graça confirmou as declarações da presidente
Dilma Rousseff sobre a compra em 2006, de que no resumo executivo não
consta a cláusula Marlim, que trata da rentabilidade e garantia o
retorno de 6,9% ao ano ao grupo belga Astra, sócio da Petrobras; e não
consta o put option, que trata da saída da outra parte da companhia e
forçou a estatal a comprar a fatia dos belgas.
Ela também citou o caso do ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na
operação Lava-Jato da PF, como um outro motivador para abertura da
comissão. Graça diz que desconhecia a existência de um comitê de
proprietários de Pasadena no qual o Paulo Roberto era representante da
Petrobras. “Não aceito descobrir que estou falando um número e o número
correto é outro (em referência ao valor pago pela Pasadena em 2006). Não
aceito que me venha um comitê que eu não sabia. E não fica pedra sobre
pedra, não fica”.
Brasil 247
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