Juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara de
Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou nesta quarta (19) o
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a retomar o trabalho externo na sede
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília; benefício estava
suspenso desde 27 de fevereiro, por causa de processo disciplinar que
apurava denúncias de regalias a Delúbio na prisão; a autorização para
voltar ao trabalho foi concedida após depoimento prestado ontem (18)
pelo petista
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP)
do Distrito Federal, autorizou hoje (19) o ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares a retomar o trabalho externo na sede da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), em Brasília. O benefício estava suspenso desde 27
de fevereiro, por causa de processo disciplinar que apurava denúncias de
regalias a Delúbio na prisão.
A autorização para voltar ao trabalho foi concedida após depoimento
prestado ontem (18) por Delúbio na VEP. Durante a audiência, a defesa do
ex-tesoureiro negou que ele tenha recebido qualquer benefício no
presídio.
O processo disciplinar contra Delúbio foi aberto pelo juiz após o
Ministério Público afirmar que condenados na Ação Penal 470, o processo
do mensalão, que estão presos em Brasília, recebem regalias na prisão. O
ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão.
Após receber a denúncia do Ministério Público, o juiz suspendeu o
benefício de trabalho externo de Delúbio na sede da CUT, até o fim da
investigação. Com a decisão, Delúbio voltou a cumprir pena no Centro de
Internamento de Reeducação (CIR), localizado no Complexo Penitenciário
da Papuda e destinado a presos do regime semiaberto que ainda não têm
direito ao trabalho externo.
Em documento entregue à Vara de Execuções Penais no dia 25 de
fevereiro, os promotores dizem que condenados no processo do mensalão
recebem regalias, como visitas fora dos dias permitidos e alimentação
diferenciada.
Segundo o Ministério Público, recentemente, uma feijoada exclusiva
para os internos de uma ala do Centro de Progressão Provisória, onde
Delúbio estava preso, foi feita com ingredientes que teriam sido
comprados na cantina do presídio. A situação, segundo os promotores,
gera instabilidade no sistema prisional.
Brasil 247
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