Segundo senadora do PT-PR, interesse da oposição
na CPI é político-eleitoral: "Fazer uma CPI é uma prerrogativa do
Senado, é um direito dos senadores propor a CPI. Mas esse é um processo
eminentemente político, é uma investigação política. Esse tema já está
sendo acompanhado pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas,
comissão interna da Petrobras. Fazer uma CPI em ano eleitoral, sendo que
três senadores são candidatos à Presidência, com certeza vai ser um
palanque político"
Agência Senado - Em entrevista nesta
quinta-feira (27), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que pensa
na possibilidade de pedir a inclusão do caso Alstom, envolvendo
contratos do do metrô de São Paulo, no escopo de investigações da CPI da
Petrobras. Pela manhã, a oposição protocolou requerimento de criação da
CPI com 28 assinaturas de senadores. O presidente do Senado, Renan
Calheiros, disse que a instalação da CPI é inevitável.
– Estou pensando muito em propor na segunda ou terça-feira à nossa
base aliada para que a gente apoie a CPI, ampliando o seu objeto, com um
adendo, para que a gente possa também investigar a situação da Alstom
no metrô de São Paulo – informou Gleisi Hoffmann.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, a CPI pode ter um adendo se este for assinado por pelo menos 27 senadores.
De acordo com Gleisi Hoffmann, o interesse da oposição na CPI é político-eleitoral.
– Fazer uma CPI é uma prerrogativa do Senado, é um direito dos
senadores propor a CPI. Mas esse é um processo eminentemente político, é
uma investigação política. Esse tema já está sendo acompanhado pelo
Ministério Público, pelo Tribunal de Contas, comissão interna da
Petrobras. Fazer uma CPI em ano eleitoral, sendo que três senadores são
candidatos àPresidência, com certeza vai ser um palanque político –
disse.
Perguntada se o governo vai trabalhar para a retirada de assinaturas
do requerimento, o que poderia inviabilizar a CPI, a senadora afirmou
apenas que o governo não tem nada a esconder.
– O governo não tem nada a esconder. Não temos medo de uma CPI, de
fazer essa discussão. Mas uma investigação política vai resultar muito
mais em um processo de interesse eleitoral do que necessariamente
resolver o problema ou esclarecer os fatos. O Congresso Nacional não
pode ser utilizado como instrumento político-eleitoral – insistiu.
Brasil 247
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