terça-feira, 25 de março de 2014

Propina a Costa pode ter sido paga pela Camargo

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Investigadores apontam indícios de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa recebeu R$ 7,9 milhões em propina por “obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela estatal”; empreiteira presidida por Vitor Hallack (abaixo), que faz parte do consórcio da refinaria de Pernambuco, pode estar por trás da origem do dinheiro, por intermédio do doleiro Alberto Youssef (acima), alvo da Operação Lava Jato
25 de Março de 2014 às 07:40


247 - A Polícia Federal vê indícios de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa recebeu R$ 7,9 milhões em propina por “obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobras”.


A Camargo Correia pode estar por trás da origem do dinheiro, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato. Em grampo telefônico da Polícia Federal de outubro de 2013, ele mencionou o recebimento de 12 milhões da empreiteira, presidida pelo executivo Vitor Hallack.


Em uma planilha apreendida pela PF sobre “comissões” pagas a consultorias ligadas ao doleiro, aparece a sigla CNCC no campo dos clientes, “em provável referência ao Consórcio Camargo Corrêa”. O valor das comissões é de R$ 7,9 milhões. O consórcio faz parte das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em R$ 9 bilhões.


Investigadores acreditam que o dinheiro recebido da empreiteira pelo doleiro possa ter sido usado para pagar propina a políticos ou a funcionários públicos, ou lavagem de dinheiro.
Costa foi preso e indiciado por corrupção passiva por suspeita de agir em conluio com o doleiro para desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobras. Youssef foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.


A PF diz que informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras “sugerem a existência de uma conta corrente de Costa com o doleiro, além de contas comuns no exterior e a entrega de relatórios mensais da posição dele com o doleiro” e “com pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns deles também relacionados a negócios envolvendo a Petrobras”.
Uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa já foi alvo de outra operação da Polícia Federal, a Castelo de Areia, que terminou anulada pelo STF.
Leia aqui a reportagem do jornalista Fausto Macedo sobre o assunto.



Brasil 247

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