Investigadores apontam indícios de que o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa recebeu R$
7,9 milhões em propina por “obras da refinaria Abreu e Lima, licitada
pela estatal”; empreiteira presidida por Vitor Hallack (abaixo), que faz
parte do consórcio da refinaria de Pernambuco, pode estar por trás da
origem do dinheiro, por intermédio do doleiro Alberto Youssef (acima),
alvo da Operação Lava Jato
247 - A Polícia
Federal vê indícios de que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa recebeu R$ 7,9 milhões em propina por “obras da
refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobras”.
A Camargo Correia pode estar por
trás da origem do dinheiro, por intermédio do doleiro Alberto Youssef,
alvo da Operação Lava Jato. Em grampo telefônico da Polícia Federal de
outubro de 2013, ele mencionou o recebimento de 12 milhões da
empreiteira, presidida pelo executivo Vitor Hallack.
Em uma planilha apreendida pela PF
sobre “comissões” pagas a consultorias ligadas ao doleiro, aparece a
sigla CNCC no campo dos clientes, “em provável referência ao Consórcio
Camargo Corrêa”. O valor das comissões é de R$ 7,9 milhões. O consórcio
faz parte das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em
R$ 9 bilhões.
Investigadores acreditam que o
dinheiro recebido da empreiteira pelo doleiro possa ter sido usado para
pagar propina a políticos ou a funcionários públicos, ou lavagem de
dinheiro.
Costa foi preso e indiciado por
corrupção passiva por suspeita de agir em conluio com o doleiro para
desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobras. Youssef foi
protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos
1990.
A PF diz que informações do Conselho
de Controle de Atividades Financeiras “sugerem a existência de uma
conta corrente de Costa com o doleiro, além de contas comuns no exterior
e a entrega de relatórios mensais da posição dele com o doleiro” e “com
pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns deles também
relacionados a negócios envolvendo a Petrobras”.
Uma das maiores empreiteiras do
País, a Camargo Corrêa já foi alvo de outra operação da Polícia Federal,
a Castelo de Areia, que terminou anulada pelo STF.
Leia aqui a reportagem do jornalista Fausto Macedo sobre o assunto.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário