Principal justificativa para rebaixamento de
rating do Brasil foi o do chamado risco fiscal; mas menos de 24 horas
após a Standard & Poor´s divulgar a queda da nota de BBB para BBB-,
Receita Federal informa que arrecadação de impostos em fevereiro bateu
recorde histórico para este mês do ano; R$ 83,17 bilhões entraram para
os cofres do governo; S&P alegou que País deixa dúvidas sobre pagar
seus compromissos, porém, entrada de impostos mostra que economia está
robusta e País apto a enfrentar seus vencimentos; rebaixamento um dia
antes da nova informação da Receita foi apenas coincidência ou
incompetência da equipe chefiada por Lisa Schineller?; a propósito:
Bolsa de São Paulo abriu o dia subindo 0,77%
247 – O risco
fiscal foi apontado pela agência de classificação de risco Standard
& Poor´s, dos Estados Unidos, como principal justificativa para o
rebaixar, ontem, o rating do Brasil de BBB para BBB-. Mas, menos de 24
horas após a decisão, a economia brasileira acaba de apresentar mais um
dado de crescimento – e justamente no quesito fiscal.
A arrecadação de impostos no mês d
fevereiro ficou em R$ 83, 17 bilhões, batendo o recorde da Receita
Federal para o segundo mês do ano. Em relação a fevereiro de 2013, a
alta foi de 3,44%. No bimestre janeiro-fevereiro também houve alta na
entrada de recursos de impostos nos cofres do governo de 1, 91% acima da
inflação em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado da arrecadação em
fevereiro mostra uma economia que cumpre suas obrigações. Uma economia
que está gerando recursos suficientes para quebrar um novo recorde de
arrecadação.
No mercado financeiro, as projeções
de economistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico, das famílias Frias e
Marinho, apontavam para uma "deterioração" na arrecadação de fevereiro,
mas o que houve, na realidade, foi o contrário. Trabalhando com este
tipo de expectativa, a S&P procurou atingir o Brasil, mas a resposta
foi imediata.
É claro, porém, que agora isso não
importa mais para a S&P. O serviço encomendado à equipe chefiada por
Lisa Schineller foi feito. A ponto de, agora, a mesma S&P informar
que não pretende fazer novo rebaixamento da nota brasileira.
A propósito: de olho nos números, a Bolsa de Valores de São Paulo abriu o dia em alta de 0,77% sobre a véspera.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a
respeito e, em seguida, informação da Agência Reuters sobre a garantia
da S&P de que não irá rebaixar o País novamente (ao menos não tão
cedo):
Arrecadação de impostos federais fica em R$ 83 bi e bate recorde para o mês
Brasília
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil
A arrecadação de impostos e contribuições federais em fevereiro ficou em R$ 83,137 bilhões, resultado recorde para o mês. Corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta é de 3,44% ante fevereiro de 2013.
No bimestre, a arrecadação teve
crescimento real [corrigido pela inflação] de 1,91% na comparação com o
mesmo período do ano passado, com R$ 206,804 bilhões, resultado recorde
também para o período.
De acordo com a Receita Federal, o
resultado decorreu da redução do recolhimento de impostos apurados com
base na estimativa mensal – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ocorrida em fevereiro de um
pequeno grupo de empresas.Houve
ainda efeito das desonerações tributárias adotadas pelo governo para
combater a crise econômica, em especial, folha de pagamento,
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) dos
combustíveis, Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) dos automóveis
e Imposto sobre Operação Financeira (IOF) para crédito à pessoa física.
A arrecadação sofreu impacto também
de indicadores macroeconômicos como a produção industrial, com queda de
2,44% em comparação a fevereiro do ano passado. Por outro lado e na
mesma base de comparação, houve aumento na venda de bens e serviços
(3,46%), na massa
salarial (9,33%) e no valor em dólar das exportações (13,16%).
salarial (9,33%) e no valor em dólar das exportações (13,16%).
S&P diz que não contempla novo rebaixamento do Brasil
RIO DE JANEIRO, 25 Mar (Reuters) - A agência de classificação de
risco Standard & Poor's indicou nesta terça-feira que não vê novo
rebaixamento para o Brasil, destacando que isso só acontecerá se os
indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo romper
seu compromisso com políticas pragmáticas.
"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando", disse a analista da agência Lisa Schineller em uma conferência telefônica com analistas e jornalistas.
A S&P disse que, apesar de ter identificado uma certa deterioração nas políticas fiscal e monetária brasileiras, o governo continua comprometido com o combate à inflação e com o cumprimento de metas de superávit primário.
Na segunda-feira, a S&P cortou o rating soberano do Brasil para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante "BBB", com perspectiva estável.
Apesar disso, não havia grande impacto sobre os mercados brasileiros nesta terça-feira, uma vez que o movimento já era esperado pelos investidores e, por isso, já havia tinha precificado. Assim, o dólar tinha leve queda ante o real, assim como os juros futuros, enquanto a Bovespa subia.
(Reportagem de Walter Brandimarte)
Brasil 247
"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando", disse a analista da agência Lisa Schineller em uma conferência telefônica com analistas e jornalistas.
A S&P disse que, apesar de ter identificado uma certa deterioração nas políticas fiscal e monetária brasileiras, o governo continua comprometido com o combate à inflação e com o cumprimento de metas de superávit primário.
Na segunda-feira, a S&P cortou o rating soberano do Brasil para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante "BBB", com perspectiva estável.
Apesar disso, não havia grande impacto sobre os mercados brasileiros nesta terça-feira, uma vez que o movimento já era esperado pelos investidores e, por isso, já havia tinha precificado. Assim, o dólar tinha leve queda ante o real, assim como os juros futuros, enquanto a Bovespa subia.
(Reportagem de Walter Brandimarte)
Brasil 247
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