Ao criticar gestões do PT, ex-presidente do Banco
Central e um dos gurus do presidenciável tucano Aécio Neves, desenha o
que seria a cartilha da campanha do PSDB de 2014; ele prega uma redução
modesta e gradual da meta de inflação, acompanhada da formalização da
autonomia operacional do BC; além disso, defende limite formal para a
relação gasto público e PIB, contra “a política macro mais frouxa, com
muito foco no consumo e pouco foco na produtividade em geral”,
praticada, segundo ele, desde o governo Lula
247 – Em evento do PSDB em comemoração aos 20
anos do Plano Real, Arminio Fraga, ex-presidente do BC e sócio da Gávea
Investimentos, fez um balanço crítico das gestões petistas. Mais do que
isso, um dos gurus do presidenciável tucano Aécio Neves, ele desenhou um
plano para a economia que indica a linha do programa do PSDB em 2014.
O economista diz que, uma vez atingida a meta de inflação (de 4,5%),
recomendaria uma redução modesta e gradual, acompanhada da formalização
da autonomia operacional do BC.
Ele defendeu ainda um limite formal para a relação gasto público e
PIB, o que significa dizer que os gastos do governo têm que crescer
menos do que o Produto Interno Bruto (PIB). “As despesas primárias tem
de ser definidas sem artifícios, consolidando todos os benefícios”,
afirmou. O teto formal barraria a expansão da dívida bruta do governo
federal, para reduzir subsídios e melhorar a qualidade da intermediação
financeira.
Segundo ele, os problemas vêm desde o segundo mandato do presidente
Lula quando se abandonou um modelo mais equilibrado na direção do que se
chama hoje de nova matriz, com política macro mais frouxa, muito foco
no consumo e pouco foco na produtividade em geral.
Armínio reconhece início de reação desde o ano passado, com os
leilões de concessão, a lei dos portos, mas diz que perdeu-se muito
tempo.
Leia aqui a matéria do Valor sobre o assunto.
Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário