quinta-feira, 20 de março de 2014

Governador continua política de retaliação contra adversários

Na farta distribuição de cheques que promove na próxima 2ª feira no Palácio dos Bandeirantes, para agradar prefeitos e parlamentares aliados com convênios para construção de pequenas obras no interior do Estado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) continua a odiosa política de discriminação e retaliação contra os adversários que tem sido seguida pelos governos tucanos que se revezam no Estado nos últimos 20 anos.

Nem se pode dizer que eles se sucedem, porque foram sempre os mesmos três governadores tucanos, Mário Covas (duas vezes), José Serra (uma) e Geraldo Alckmin (três vezes). Todos governaram e governam com o mapa político-eleitoral nas mãos: aos aliados tudo, aos adversários, principalmente os prefeitos do PT, pão e água. A lei e olhe lá…

Alckmin só inova neste ato da 2ª feira, porque desta vez, pelas queixas publicadas na mídia, está discriminando até aliados. Na reportagem publicada hoje no Estadão, o deputado Rafael Silva, do PDT, partido da base da coalizão de apoio a Alckmin é um dos que se queixam: “No meu caso, o que está havendo é retaliação porque meu filho é candidato a deputado federal em Ribeirão Preto, na mesma base do (deputado federal) Duarte Nogueira, presidente do PSDB de São Paulo e candidato à reeleição. Por isso minhas emendas não saem”.

PT, o mais discriminado

Mas o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Marcolino, não deixa dúvidas sobre quais são os parlamentares mais prejudicados pela retaliação e atraso na liberação das emendas parlamentares: continuam sendo os petistas e os demais parlamentares cujos partidos terão candidatura própria a governador em vez de apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin.

O PT terá como candidato a governador o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha; o PMDB, o presidente da FIESP, Paulo Skaf; e o PSD, o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab.

O governador vai distribuir os cheques no Palácio dos Bandeirantes? Mas, espera, por muito menos, por causa de um encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, no Palácio da Alvorada, na 4ª feira de cinzas, seu partido, o PSDB entrou com ação na justiça eleitoral, sob a acusação de que faziam campanha eleitoral na residência presidencial. Perdeu a ação. Mas e Alckmin distribuindo cheques na sede do executivo paulista?




Blog do Zé Dirceu

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