Documento de uma reunião do conselho em 20 de
junho de 2008 diz que "não constou do resumo executivo a informação
sobre a cláusula Marlim" e que "o teor da cláusula não foi objeto de
aprovação do Conselho de Administração", conforme disse a presidente
Dilma Rousseff; responsável pelo erro que a levou aprovar à polêmica
compra da refinaria, o engenheiro Nestor Cerveró foi exonerado da
diretoria financeira da BR Distribuidora nesta sexta-feira
22 de Março de 2014 às 06:34
247 – No momento da decisão sobre a aquisição de
Pasadena, dos EUA, pela Petrobras, não constava no resumo técnico
recebido pelo Conselho de Administração cláusula sobre lucros.
A informação, que consta em ata de 2008 e foi divulgada pelo Jornal
Nacional, confirma a versão da presidente Dilma Rousseff, de que o
parecer era falho e foi aprovado por falta de dados. Documento de uma
reunião do conselho em 20 de junho de 2008 diz que "não constou do
resumo executivo a informação sobre a cláusula Marlim" e que "o teor da
cláusula não foi objeto de aprovação do Conselho de Administração" (Veja
aqui).
A cláusula marlim garantia um lucro de 6,9% por ano à sócia da
Petrobras, independente das condições de mercado. Outra cláusula, a put
option, obrigava uma das partes a comprar a outra em caso de desacordo
entre os sócios, o que obrigou a Petrobras a pagar US$ 820,5 milhões por
metade da refinaria que pertencia à Astra Oil. A primeira metade fora
comprada em 2006 por US$ 360 milhões.
A compra de um total de US$ 1,18 bilhão, sendo que o valor de mercado
um ano antes era de US$ 42,5 milhões, é alvo de investigação da Polícia
Federal e do Tribunal de Contas. Representantes da Petrobras negaram
irregularidade na compra da companhia.
Responsável pelo erro que a levou aprovar a compra da refinaria, o
engenheiro Nestor Cerveró foi exonerado da diretoria financeira da BR
Distribuidora nesta sexta-feira (21).
Brasil 247
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