Num ofício indecoroso, o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, contestou uma decisão do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal, que abriu investigação contra o juiz Bruno
Ribeiro, levando-o a se afastar da Vara de Execuções Penais do Distrito
Federal; no mesmo ofício, Barbosa desrespeitou um governador de estado,
Agnelo Queiroz, ao dizer que o mesmo não tem "disposição" para
investigar supostas regalias (que existem apenas em notas de jornal) no
sistema prisional do Distrito Federal; Barbosa demonstra mais uma vez
não conhecer limites para seu autoritarismo e deixa no ar a pergunta: se
não respeita um governador, o que dizer de um cidadão comum ou de um
preso?
247 - O presidente
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deu mais uma demonstração,
nesta terça-feira, do seu absoluto despreparo para o cargo que exerce.
Num ofício inédito na história do Judiciário, ele decidiu afrontar um
governador de estado, Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, dizendo que o
mesmo não tem "disposição" para apurar supostos privilégios no sistema
prisional do Distrito Federal.
As provas desses "privilégios", como se sabe, são notas publicadas em jornais, como o suposto uso de um celular pelo ex-ministro José Dirceu, já desmentido por uma sindicância interna do sistema carcerário do Distrito Federal.
Barbosa também saiu em defesa do juiz Bruno Ribeiro, que decidiu se afastar da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, depois de ser alvo de uma investigação da corregedoria do Tribunal de Justiça local. O motivo: Bruno Ribeiro feriu as normas legais, ao se dirigir ao governador Agnelo sem dispor de prerrogativas para tanto. Este juiz, por sinal, jamais se dignou a elencar ao governador que tentava enquadrar – sem poderes, repita-se – quais seriam tais regalias.
Com o ofício despropositado desta terça-feira, Joaquim Barbosa demonstra certo desespero diante do desmoranamento da Ação Penal 470, depois que o Supremo Tribunal Federal reviu a condenação por quadrilha e o caso de Eduardo Azeredo foi enviado à primeira instância – o que derruba alicerces de sua peça acusatória. Ao que tudo indica, ele também se mostra preocupado com a possibilidade de que José Dirceu – há quase cinco meses em regime fechado, embora condenado ao semiaberto – tenha seu pedido de trabalho analisado. Pedido que conta com recomendação positiva do Ministério Público, mas cuja análise vem sendo postergada por determinação não da Justiça, mas apenas daquele que se julga seu dono.
Ao desrespeitar um governador de estado, Barbosa demonstra, mais uma vez, que não conhece limites para seu autoritarismo. Aliás, cabe a pergunta: se o chefe do Poder Judiciário é incapaz de respeitar um governador, o que dizer de um cidadão comum ou de um presidiário?
André Richter - Repórter da Agência Brasil
As provas desses "privilégios", como se sabe, são notas publicadas em jornais, como o suposto uso de um celular pelo ex-ministro José Dirceu, já desmentido por uma sindicância interna do sistema carcerário do Distrito Federal.
Barbosa também saiu em defesa do juiz Bruno Ribeiro, que decidiu se afastar da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, depois de ser alvo de uma investigação da corregedoria do Tribunal de Justiça local. O motivo: Bruno Ribeiro feriu as normas legais, ao se dirigir ao governador Agnelo sem dispor de prerrogativas para tanto. Este juiz, por sinal, jamais se dignou a elencar ao governador que tentava enquadrar – sem poderes, repita-se – quais seriam tais regalias.
Com o ofício despropositado desta terça-feira, Joaquim Barbosa demonstra certo desespero diante do desmoranamento da Ação Penal 470, depois que o Supremo Tribunal Federal reviu a condenação por quadrilha e o caso de Eduardo Azeredo foi enviado à primeira instância – o que derruba alicerces de sua peça acusatória. Ao que tudo indica, ele também se mostra preocupado com a possibilidade de que José Dirceu – há quase cinco meses em regime fechado, embora condenado ao semiaberto – tenha seu pedido de trabalho analisado. Pedido que conta com recomendação positiva do Ministério Público, mas cuja análise vem sendo postergada por determinação não da Justiça, mas apenas daquele que se julga seu dono.
Ao desrespeitar um governador de estado, Barbosa demonstra, mais uma vez, que não conhece limites para seu autoritarismo. Aliás, cabe a pergunta: se o chefe do Poder Judiciário é incapaz de respeitar um governador, o que dizer de um cidadão comum ou de um presidiário?
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou hoje (1º) que as autoridades
do Distrito Federal acabem com regalias concedidas a condenados na Ação
Penal 470, o processo do mensalão, que estão presos em Brasília. Na
decisão, Barbosa também afirma que o governador do DF, Agnelo Queiroz
(PT), não tem “disposição para determinar a apuração dos fatos
narrados”.
Desde o ano passado, quando os
condenados no mensalão começaram a cumprir pena nos presídios do
Distrito Federal, o Ministério Público denunciou a existência de
regalias, como alimentação diferenciada e dias de visitas fora do
período permitido. Em resposta às acusações, o sistema penitenciário e o
governador do DF responderam ao juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara
de Execuções Penais (VEP), que não há tratamento diferenciado aos
presos.
O presidente decidiu que todas as
decisões tomadas pela VEP para garantir o fim de regalias devem ser
reiteradas. “Determino que sejam reiterados os ofícios pelo juiz
delegatário, bem como as autoridades em atuação nas unidades prisionais
implicadas observem todos os termos das decisões anteriormente
proferidas pelo mencionado juízo, de modo que sejam suprimidas as
diferenças de tratamento entre os detentos”, disse Barbosa.
O caso chegou ao STF após a
Corregedoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios (TJDFT) abrir investigação preliminar para avaliar a conduta
do juiz na condução das execuções das penas dos condenados na Ação
Penal 470, o processo do mensalão. Diante da abertura da investigação, o
juiz se declarou impedido por motivo de foro íntimo para analisar as
questões relacionadas aos condenados. A investigação preliminar foi
aberta para apurar falta disciplinar do juiz ao solicitar informações ao
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, sobre regalias
concedidas aos condenados no processo do mensalão.
No despacho divulgado hoje, o
presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou que o magistrado não cometeu
nenhuma irregularidade, apenas cumpriu o dever de zelar pelo correto
cumprimento das penas. O ministro também determinou que Bruno Ribeiro
seja mantido no cargo.
Em atitude de claro desdém para com a
autoridade judicial, e desconsiderando o fato das irregularidades terem
sido divulgadas amplamente e comunicadas pelos órgãos do Ministério
Público e Defensoria Pública em atuação junto à VEP, o governador do
Distrito Federal deu indicação clara da sua falta de disposição para
determinar a apuração dos fatos narrados e oferecer solução para
problema posto”, disse Barbosa.
A assessoria do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi procurada pela reportagem e ainda não se manifestou.
Brasil 247
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