Com suas falas editadas na mídia eletrônica, ou impressas nos jornais
de uma forma que coincide com o que lhe é conveniente e interessa, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) continua a esconder, com apoio da mídia, a
má situação fiscal de Minas, o endividamento do Estado e a má avaliação
do governo Antônio Anastásia (PSDB), que ele elegeu em 2010 para
sucedê-lo depois que seus oito anos de governo (2003-2010) deixaram a
falência e o caos nas Alterosas.
Agora, tenho lido, ele inventou, ou reinventa, e de novo com apoio da
mídia, a versão de um choque de gestão em Minas. Uma invencionice
típica de marqueteiro. E o que é pior, chegou a ser copiado por outros
governos tucanos, como o da sra. Yeda Crusius (PSDB) no Rio Grande do
Sul, e outros que aplicaram o tal choque sem coragem de assumir. Choque
que, repita-se, nada mais é do que cortar gastos e investimentos,
demitir funcionários públicos e enxugar a máquina no caminho do tal
Estado mínimo.
Pois vejam, no momento, aproveitando a visita da presidenta da
República a Itajubá (MG), o senador mais provável adversário da
presidenta Dilma entre os candidatos já definidos até agora para as
eleições de 2014 a acusa de ter se afastado de Minas nos últimos anos e
de não ter resolvido os principais problemas do Estado.
Mas quem foi governador de Minas mais recentemente foi Aécio Neves!
Conforme nota oficial que divulgou, o ex-governador considerou a
chefe do governo “bem vinda” em terras mineiras, mas, segundo ele, na
visita nesta 2ª feira a Itajubá ela não levou “respostas para
importantes demandas do Estado”.
“A presidente Dilma é sempre muito bem vinda a Minas, como é natural
da hospitalidade mineira, mesmo não tendo, mais uma vez, trazido
respostas para importantes demandas do nosso Estado que estão sob
responsabilidade do governo federal”, afirmou. Na nota, o
senador-presidenciável tucano disse que a presidenta, e não a candidata,
poderia estar “apresentando respostas” às demandas de Minas “se não
tivesse se afastado por tantos anos” do Estado.
“Ainda assim – prosseguiu o senador mineiro -, cada visita é uma
oportunidade para que ela conheça melhor os desafios e as conquistas dos
mineiros. Faltou, por exemplo, um reconhecimento maior da presidente à
parceria do governo de Minas na implantação deste importante
investimento hoje em Itajubá (uma fábrica de material elétrico), um
financiamento conjunto do BDMG e do BNDES.”
Ele não acompanhou ou não leu o discurso da presidenta em Itajubá
Ao contrário do que afirma em sua nota, ela mencionou, sim, em seu
discurso durante inauguração da fábrica de transformadores de corrente
elétrica, que o projeto foi feito em parceria com os bancos.
De qualquer forma, menos pior, há aí uma evolução, porque até
recentemente, em relação às visitas da presidenta a Minas, Aécio
divulgava notas ou fazia declarações que mais pareciam estar
escorraçando Dilma de lá. Pelo tom, parecia que considerava o Estado
propriedade sua que não deveria ser visitada pela adversária e
concorrente na eleição do ano que vem.
Blog do Zé Dirceu
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