Procedimento será feito para apurar circunstâncias da morte do ex-presidente, que oficialmente morreu de ataque cardíaco
por Redação RBA
publicado
16/10/2013
Valter Campanato/Agência Brasil
Ao lado de Christopher Goulart, neto de Jango, Rosário reiterou que a exumação será realizada em novembro
São Paulo – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, anunciou hoje (16) que a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart será realizada em 13 de novembro. O procedimento deve-se a dúvidas sobre a verdadeira causa da morte de Jango, em 6 de dezembro de 1976, na Argentina, aos 57 anos. Oficialmente, o motivo foi um ataque cardíaco, mas há suspeitas de que ele teria sido vítima de envenenamento.
“Estamos em plenas condições de realizar este
procedimento em busca da verdade”, afirmou a ministra, que se reuniu
hoje com Christopher Goulart, neto do ex-presidente, e com peritos que
analisam o caso. Pela manhã, especialistas do Instituto Nacional de
Criminalística da Polícia Federal e representantes da Comissão Nacional
da Verdade e do Ministério Público Federal debateram os procedimentos
necessários à exumação.
Os técnicos deverão chegar dois dias antes ao
Cemitério Municipal de São Borja, no interior do Rio Grande do Sul, onde
Jango foi sepultado às pressas, devido a pressões de agentes da
ditadura. Os restos mortais serão levados a Brasília, possivelmente em
ato com honras de chefe de Estado, segundo intenção da ministra. A
previsão é de que os restos mortais do ex-presidente sejam devolvidos a
São Borja justamente em 6 de dezembro.
"Hoje, podemos dizer, com segurança, que o ex-presidente foi perseguido todos os dias de sua vida”, afirmou Maria do Rosário.
Rede Brasil Atual
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