Presidente e ex tiveram reunião de cerca de quatro
horas com as presenças do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do
publicitário João Santana, do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e
do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins;
encontro discutiu "Mais Médicos", discurso da presidente na Assembleia
Geral da ONU, reforma política, mas as as eleições de 2014 foram o prato
principal; "em relação às eleições, a avaliação que foi feita é que nós
temos muito tempo ainda", disse Mercadante; "foco principal para quem é
governo é a qualidade do governo. Isso que trará nossa vitória, nisso
que nós estamos seguros", completou
247, com Agência Brasil - A presidente Dilma
Rousseff se reuniu nesta quinta-feira (10) com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Os dois almoçaram juntos e
conversaram por cerca de quatro horas. O encontro contou com a presença
do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do publicitário João Santana,
do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do ex-ministro da
Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins.
A nova formatação das alianças políticas da oposição, o programa
federal Mais Médicos, o discurso da presidente na Assembleia Geral da
ONU, a reforma política foram alguns dos temas discutidos. “Em relação
às eleições, a avaliação que foi feita é que nós temos muito tempo
ainda. Sinceramente, nós estamos menos preocupados com como é o quadro
dos outros concorrentes, com outras candidaturas, quem será, isso não
está totalmente definido, é apenas uma tendência hoje. Em relação às
outras duas candidaturas nós podemos ter mudanças ainda, inclusive
nessas candidaturas", disse Mercadante à Folha.
"Nós tínhamos uma candidatura com um patamar acima de 20% que aderiu a
uma candidatura num patamar em torno de 5%. É uma novidade política, de
qualquer forma, precisa ver como isso vai evoluir. Então não está
claro, são muitas ainda as questões em aberto nessa possibilidade de uma
única candidatura", disse o ministro em relação ao acordo entre Marina
Silva e Eduardo Campos.
"Acho que nós temos muito tempo. Mesmo porque, se você me perguntasse
há uma semana, nós não imaginávamos que seriam só dois candidatos. E
podemos ter outras surpresas ao longo do processo, candidaturas menores.
Acho que os principais candidatos estão postos hoje", disse Mercadante.
"O foco principal para quem é governo é a qualidade do governo. Isso
que trará nossa vitória, nisso que nós estamos seguros, por isso nós
temos um leque de alianças muito amplo, muito sólido, muito consolidado
com os principais partidos do país. É cedo pra gente desenhar e a gente
tem que olhar para a qualidade do governo. É nisso que o governo está
focado, é nisso que nós estamos trabalhando e é essa prioridade da
presidente e é por isso que ela é só beijos”, completou.
Segundo Mercadante, Lula elogiou o discurso de Dilma, na abertura da
68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, sobre a espionagem dos Estados
Unidos a cidadãos, a integrantes do governo e a empresas brasileiras. “A
expectativa deles inclusive é que o Brasil leve adiante essa agenda
para que a gente possa manter a mais ampla liberdade, que é a alma da
internet, e preservar a soberania, os direitos e garantias dos
indivíduos, das empresas, o sigilo, que é imprescindível à convivência
democrática”, disse Mercadante, que também se referiu ao encontro que o
Brasil vai sediar no ano que vem para discutir a governança da internet
em nível mundial.
De acordo com o ministro da Educação, os participantes do encontro
com Dilma também fizeram um balanço dos cinco pactos lançados pela
presidenta após as manifestações ocorridas em várias cidades do país.
Segundo o relato de Mercadante, que conversou com jornalistas na saída
do Palácio da Alvorada, houve avanços importantes na política do governo
após os protestos. “Na área da educação, os royalties da educação, que
por duas vezes tinha sido derrubado no Congresso, foi aprovado. O
presidente Lula elogiou também a aprovação do Mais Médicos, a presidenta
Dilma estava muito contente com a votação”, revelou.
Mercadante disse ainda que Dilma e Lula comemoraram a aprovação da
mudança nas regras para a criação de partidos, pelo Senado. Eles esperam
que a consolidação dos partidos avance com esse novo marco. “Há uma
pulverização de partidos, uma fragmentação, [onde há] partido só de
deputado, o deputado sai e leva o tempo de televisão, o Fundo
Partidário. Assim você não constrói uma representação política”,
avaliou. “[Em] todas sociedades que têm uma democracia consolidada, a
fidelidade partidária é um valor fundamental”, disse o ministro.
Questionado se conversaram sobre uma eventual reforma ministerial,
Mercadante disse que isso não foi tratado, mas que só fará uma dança das
cadeiras na Esplanada no fim do ano, "para todos aqueles ministros que
serão candidatos saiam a tempo de poder construir suas candidaturas e
que a gente entre em 2014 com o time renovado e focado nas prioridades
do governo".
Brasil 247
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