Enviado qua, 02/10/2013 por Mônica Ribeiro ...
Jornal GGN
- Uma das principais testemunhas do acidente que matou o ex-presidente
Juscelino Kubitschek, o ex-motorista Josias Nunes de Oliveira disse, na
terça-feira (1º), ter sido ameaçado e subornado para assumir a morte do
político, ocorrida em 1976.
A declaração foi dada durante audiência pública da Comissão Municipal da Verdade, na Câmara dos Vereadores. “Alguns dias depois do acidente, dois caras cabeludos que se disseram repórteres foram até a minha casa e ofereceram uma grande quantia de dinheiro para que eu assumisse a culpa pela morte do Juscelino. Se eu não aceitasse, eles disseram que iriam bater em mim. Eu não aceitei o dinheiro e eles nunca mais me procuraram. Não lembro o nome deles e nem de qual veículo eram” afirmou Oliveira.
A declaração foi dada durante audiência pública da Comissão Municipal da Verdade, na Câmara dos Vereadores. “Alguns dias depois do acidente, dois caras cabeludos que se disseram repórteres foram até a minha casa e ofereceram uma grande quantia de dinheiro para que eu assumisse a culpa pela morte do Juscelino. Se eu não aceitasse, eles disseram que iriam bater em mim. Eu não aceitei o dinheiro e eles nunca mais me procuraram. Não lembro o nome deles e nem de qual veículo eram” afirmou Oliveira.
De acordo com a assessoria da Câmara Municipal, Oliveira dirigia um
ônibus da Viação Cometa pela rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de
Janeiro, quando, na altura do município de Resende, o Opala em que JK
estava atravessou na frente do ônibus e foi parar na pista contrária, se
chocando com um caminhão. O acidente ocorreu no dia 22 de agosto de
1976. “Eu estava na faixa da esquerda e o carro de JK estava na da
direita, em uma velocidade um pouco maior que a minha. De repente, tinha
uma curva leve para a direita e o motorista do Juscelino continuou em
linha reta. Como naquela época a Dutra não tinha guard rail, o carro
atravessou sem o menor problema”, afirmou.
Durante seu depoimento, Oliveira disse que prestou socorro a JK
logo após ter parado seu ônibus no acostamento. “JK não morreu logo
depois da batida, ele chegou a mexer os olhos. Eu não o reconheci logo
de primeira. Ele estava no banco de trás com o livro “As Mudas se
Levantam” e eu só descobri que era o ex-presidente quando vi uns
documentos que caíram de uma pasta”.
O ex-motorista foi processado como responsável pelo acidente, mas o
julgamento o inocentou. Atualmente, Oliveira mora em um asilo de
Indaiatuba, interior de São Paulo, e ainda é visto como culpado pela
morte de JK. “Minha vida piorou bastante. O mundo inteiro me acusou de
criminoso!”.
A sessão teve a participação do vereador Gilberto Natalini (PV),
presidente da Comissão da Verdade Municipal, o deputado Adriano Diogo
(PT), presidente da Comissão da Verdade do Estado, e o vereador Calvo
(PMDB), integrante da Comissão na Câmara.
Blog do Luis Nassif
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