Depoimento de Michel Cabane, ex-diretor da
Cogelec, subsidiária da Alstom e da Cegelec, às autoridades suíças,
reforça tese de que Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de
Contas do Estado) e ex-chefe da Casa Civil no governo de Mário Covas
(PSDB), entre 1995 e 1997, foi subornado para beneficiar multinacional
francesa em um julgamento de 2001; ele nega, mas Justiça já tem provas
de que recebeu US$ 1 milhão em conta na Suíça; governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu apuração rigorosa sobre envolvimento de
Marinho no esquema
247 – Além de comprovar a existência de uma
conta em nome de Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas
do Estado) e ex-chefe da Casa Civil no governo de Mário Covas (PSDB),
entre 1995 e 1997, Suíça libera depoimento de ex-Alstom que atesta
suborno recebido pelo agente público.
"Compreendi que se tratava de um certo sr. Robson Marinho. Ele era
membro do Tribunal de Contas do Estado federal [sic] de São Paulo. Essa é
a instância que fiscaliza as companhias estaduais. Agora não sei se
apenas essa pessoa recebeu dinheiro ou se o sr. Marinho o distribuiu ou
não", disse Michel Cabane, ex-diretor da Cogelec, subsidiária da Alstom e
da Cegelec, em depoimento às autoridades suíças.
Trata-se da primeira confissão de suborno direto ao ex-braço-direito de Covas.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que Marinho possui
uma conta secreta na Suíça com R$ 1,1 milhão que teria sido recebido
como propina.
O conselheiro, que é alvo de investigação no Superior Tribunal de
Justiça (STJ) por suspeita de ter beneficiado a Alstom em um julgamento
de 2001, teria recebido o dinheiro enquanto secretário da Casa Civil de
Covas. Ele foi alçado para o cargo de conselheiro pelo ex-governador
tucano.
De acordo com a Justiça, a Alstom pagou propina para vencer uma
concorrência no valor de R$ 23,2 milhões. O serviço prestado era o
fornecimento de equipamentos em três subestações elétricas da
Eletropaulo e EPTE. Marinho nega ter dinheiro no exterior.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta
segunda-feira 10 que é preciso "avançar com as investigações" sobre o
esquema. "Em relação ao Robson Marinho, acho que tem que apurar. O que
todos nós queremos é que tenha apuração rigorosa, que se esclareçam as
questões e as punições devidas", disse o governador.
Brasil 247
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