"Uma firma deixa de ser reconhecida pelo simples
fato de não haver correspondência entre as assinaturas apresentadas. Não
seria razoável cobrar dos cartórios eleitorais discriminação
individualizada sobre o porquê de cada uma dessas 98.000 assinaturas não
terem sido reconhecidas e contabilizadas. Provar a autenticidade das
assinaturas é ônus do partido e não dos cartórios", diz o parecer de
Eugênio José de Aragão, do Ministério Público, que sugere a não
aprovação da Rede; ex-senadora também recebe críticas na mídia
247 - Ontem foi
a vez de José Serra que, diante da realidade, desistiu de deixar o PSDB
e, salvo um imprevisto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), estará fora
da sucessão presidencial em 2014.
Amanhã, ao que tudo indica, será a
vez de Marina Silva, que terá negado, pelo Tribunal Superior Eleitoral, o
registro de sua Rede Sustentabilidade, ficando também excluída desse
jogo.
De quem é a culpa? Da ex-senadora
Marina – e de ninguém mais. É o que sustenta o procurador Eugênio
Aragão, do Ministério Público, que rejeitou, em seu parecer, o pedido da
Rede.
"Uma firma deixa de ser reconhecida
pelo simples fato de não haver correspondência entre as assinaturas
apresentadas. Não seria razoável cobrar dos cartórios eleitorais
discriminação individualizada sobre o porquê de cada uma dessas 98.000
assinaturas não terem sido reconhecidas e contabilizadas. Provar a
autenticidade das assinaturas é ônus do partido e não dos cartórios",
diz o parecer (leia aqui a íntegra).
Marina declarou ontem "confiar em
Deus", mas, aparentemente, essa batalha já está perdida. Na Folha, o
colunista Igor Gielow lembra que um partido não se cria com 500 mil
curtidas no Facebook (leia aqui). Em Veja, Reinaldo Azevedo afirma que, se o TSE seguir a lei, a Rede não poderá ser criada (leia aqui).
No Globo, Merval Pereira avisa que é hora de um "plano B" e sugere que o
PPS, de Roberto Freire talvez seja uma alternativa melhor do que o PEN,
que já ofereceu à ex-senadora o comando total da legenda – além da
própria mudança de nome.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio
Ambiente tem sido enfática ao afirmar que não tem "plano B". Nas 24
horas que antecedem a decisão do TSE, ela tem se reunido com apoiadores
políticos e financeiros em Brasília, numa corrente final. Ontem, quem
desembarcou na capital federal foi Neca Setúbal, uma das herdeiras do
Itaú e também fundadora da Rede.
Mas o jogo parece perdido. E a culpa, como disse o procurador Aragão, não é dos cartórios.
Brasil 247
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