Os planos até
2020 incluem a instalação de, no mínimo, 38 unidades estacionárias de
Produção (UEPs), que ajudarão a elevar a produção atual de 2 milhões de
barris/dia para 4,2 milhões de barris diários de petróleo; outro desafio
da empresa comandada por Graça Foster consiste em ampliar a oferta de
combustíveis com a implantação de quatro novas refinarias, das quais
duas já estão em construção
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Petrobras tem como maior desafio
para os próximos anos aumentar a curva de produção de petróleo e gás.
Para isso, a empresa conta hoje com o maior portfólio exploratório e uma
carteira de projetos “robusta e diversificada”, o que a destaca entre
as grandes companhias globais, informou a estatal à Agência Brasil por meio de sua assessoria.
Os planos até 2020 incluem a instalação de, no mínimo, 38 unidades
estacionárias de Produção (UEPs), que ajudarão a elevar a produção atual
de 2 milhões de barris/dia para 4,2 milhões de barris diários de
petróleo. Somando a esse volume a produção de gás natural, o total a ser
alcançado será 5,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia
(boe/d).
Outro desafio consiste em ampliar a oferta de combustíveis, informou a
empresa. Ela prevê que o objetivo será atingido com a implantação de
quatro novas refinarias, das quais duas já estão em construção.
Ao contrário do que pensam alguns especialistas, a exploração de
petróleo na camada do pré-sal não apresenta grandes desafios
tecnológicos para a Petrobras, em função do domínio da tecnologia que
detém em águas profundas, asseguraram os assessores. “Prova disso é que,
em junho de 2013, a companhia atingiu no pré-sal o recorde de produção
de 326 mil barris de petróleo por dia (bpd) nas bacias de Santos e
Campos”.
Segundo a Petrobras, o pré-sal tem características técnicas especiais
que não representam obstáculos, entre elas, a profundidade dos
reservatórios e a existência de camadas espessas de sal acima dos
reservatórios. “Na qualidade de maior operadora em águas profundas, a
Petrobras acumulou enorme experiência nesse tipo de atividade, e esta
tem sido a base da contínua evolução tecnológica, agora também com foco
no pré-sal”, assegurou a empresa.
A companhia informou ainda que, mesmo com as mudanças na legislação,
que definiram as licitações para exploração de petróleo pelo regime de
partilha em detrimento de concessões, a Petrobras não será afetada em
seus planos de negócios daqui para a frente. “A companhia tem todas as
condições tecnológicas para atender aos desafios colocados com o regime
de partilha, que define a Petrobras como operadora única, com
participação mínima de 30% nos consórcios que vierem a ser formados”.
Os assessores acrescentaram que, “do ponto de vista da
financiabilidade, além de fluxo de caixa operacional próprio, a empresa
dispõe de fontes de financiamento para as captações necessárias ao
desenvolvimento de suas operações, nas atuais e nas futuras áreas
exploratórias, tanto em regime de concessão quanto na partilha”.
As metas da Petrobras para o futuro, em consonância com o Plano de
Negócios e Gestão 2013/2017, projetam a produção no pré-sal de 1 milhão
de barris de petróleo por dia em 2017. A empresa estima que, em 2020, a
produção do pré-sal corresponderá a 50% da produção total de petróleo
no Brasil. Isso significa mais de 2 milhões de barris de petróleo por
dia.
A construção das plataformas P-61 e P-63, destinadas ao Campo de Papa
Terra, na Bacia de Campos, estão entre os principais projetos de
exploração e produção da Petrobras no momento. Segundo informou a
estatal, as obras da P-63 já foram concluídas. A unidade já está na
locação, com previsão de início de produção para setembro de 2013. A
P-61, de acordo com o cronograma da empresa, chegará à locação no fim
deste mês, com o início de produção previsto para dezembro deste ano.
A assessoria informou que outras unidades que contribuirão para o
crescimento próximo e sustentável da Petrobras somam oito plataformas
flutuantes de produção, armazenamento e transferência, além de quatro
unidades de produção para as áreas da cessão onerosa. Por esse regime, a
União cedeu à estatal o direito de explorar 5 bilhões de barris de
petróleo que estão na camada do pré-sal, o que significa uma receita de
cerca de R$ 75 bilhões. Todas essas unidades atuarão na região do
pré-sal na Bacia de Santos.
No segmento de abastecimento, a Petrobras considera como principais
projetos em implantação a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a
primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A
entrada em operação dos dois empreendimentos está programada para
novembro de 2014 e agosto de 2016, respectivamente.
Brasil 247
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