segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Saldo acumulado da balança é superavitário pela primeira vez neste ano

Mariana Branco  
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações maiores que importações) de US$ 1,85 bilhão na primeira semana de outubro. O saldo positivo resultou de US$ 6 bilhões em exportações e  US$ 4,21 bilhões em importações nos quatro dias úteis do mês. No acumulado do ano, é a primeira vez que a balança fica superavitária, com resultado positivo em US$ 236 milhões. Até o fim de setembro, o saldo acumulado estava negativo em US$ 1,6 bilhão.
Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
 
A balança abriu o mês no azul em função da exportação de uma plataforma de petróleo e gás, que, segundo informações do ministério, representou ingresso financeiro de US$ 1,9 bilhão. Puxadas pela plataforma, as vendas externas de manufaturados cresceram 119,5% em comparação com as de outubro do ano passado. Entre os itens de maior valor agregado, houve ainda incremento nas exportações de motores e geradores, veículos de carga e automóveis de passeio.

A comercialização de produtos básicos também aumentou na primeira semana, crescendo 24,2% ante o mesmo mês do ano passado em função de petróleo bruto, soja em grão, minério de ferro, carne bovina e folhas de fumo. As exportações de semimanufaturados foram as únicas em queda, com recuo de 25%. No total, a  média diária exportada ficou em US$ 1,51 bilhão contra US$ 989,2 milhões em outubro de 2012, o que representa aumento de 53,4%.

As importações alcançaram média diária de US$ 1,054 bilhão, 15,3% superior à de outubro do ano passado. O movimento é explicado principalmente pela aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes (139,4%), aparelhos eletroeletrônicos (22,6%), siderúrgicos (14,7%), produtos químicos orgânicos e inorgânicos (9,8%) e borracha (7%).

A balança comercial brasileira está se recuperando após uma série de resultados negativos neste ano, causados, principalmente, pela diminuição nas exportações e aumento nas importações de petróleo. Houve queda na produção brasileira em função de paradas programadas para manutenção de plataformas. Com a retomada da produção, o governo espera encerramento do ano com superávit.



Agência Brasil

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