sábado, 1 de março de 2014

Posição de JB é “carregada de ódio”, diz líder do PT

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Ao 247, deputado federal Vicentinho (PT-SP) avalia que decisão do Supremo Tribunal Federal desta quinta-feira, que absolveu os réus pelo crime de formação de quadrilha, "repara um pouco" o que chama de "posturas equivocadas" da corte em um "julgamento político"; posicionamento do presidente do STF, Joaquim Barbosa, mostrou "desrespeito à própria decisão do plenário", afirmou; presidente do STF classificou o voto do ministro Luís Roberto Barroso de "inapropriado" e acusou a maioria formada pela absolvição de ter "reduzido a nada" o trabalho da corte; líder do PT também criticou arrogância dos ministros: "tem alguns que pensam que são os amigos mais próximos de Deus, e outros que são Deus"
1 de Março de 2014 às 12:07


Gisele Federicce, 247 – O deputado federal Vicentinho, líder do PT na Câmara, avaliou nesta quinta-feira 27, em entrevista ao 247, que a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em favor dos embargos infringentes e pela absolvição de oito réus por formação de quadrilha "repara um pouco" ações tomadas anteriormente pela Corte ao longo da Ação Penal 470, que classificou de "posturas equivocadas".


A decisão, segundo ele, "alivia", de certa forma, o sentimento de que este é um "julgamento político". O parlamentar mencionou o modo de vida levado pelo ex-deputado José Genoino, "professor, político, de classe média", um dos réus acusados por formação de quadrilha, e também o do ex-deputado João Paulo Cunha, "morador da periferia de Osasco (SP)", apesar de o ex-presidente da Câmara não fazer parte desse grupo.


"Que diabo de quadrilheiros são esses que não têm nada na vida?", questionou o líder do PT. Vicentinho aproveitou para criticar a postura do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, "carregada de ódio" e em "desrespeito à própria decisão do plenário". Na sessão de ontem, Barbosa interrompeu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, que iniciou uma divergência pela absolvição dos réus por quadrilha.


Para o deputado do PT, o STF "tem que ser firme, porém sereno". O parlamentar brinca ao dizer que, acima deste tribunal, só há Deus. "O Supremo Tribunal é a última instância, depois dele, só Deus. E tem alguns ali que pensam que são os amigos mais próximos de Deus, e outros que são Deus. Isso é muito mal para o País", criticou. Ele também disse que as condenações do julgamento do 'mensalão' ocorreram "sem provas".



Brasil 247

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