Ao 247, deputado federal Vicentinho (PT-SP) avalia
que decisão do Supremo Tribunal Federal desta quinta-feira, que
absolveu os réus pelo crime de formação de quadrilha, "repara um pouco" o
que chama de "posturas equivocadas" da corte em um "julgamento
político"; posicionamento do presidente do STF, Joaquim Barbosa,
mostrou "desrespeito à própria decisão do plenário", afirmou; presidente
do STF classificou o voto do ministro Luís Roberto Barroso de
"inapropriado" e acusou a maioria formada pela absolvição de ter
"reduzido a nada" o trabalho da corte; líder do PT também criticou
arrogância dos ministros: "tem alguns que pensam que são os amigos mais
próximos de Deus, e outros que são Deus"
Gisele Federicce, 247 – O deputado federal Vicentinho, líder do PT na Câmara, avaliou nesta quinta-feira 27, em entrevista ao 247,
que a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em favor dos
embargos infringentes e pela absolvição de oito réus por formação de
quadrilha "repara um pouco" ações tomadas anteriormente pela Corte ao
longo da Ação Penal 470, que classificou de "posturas equivocadas".
A decisão, segundo ele, "alivia", de certa forma, o sentimento de que
este é um "julgamento político". O parlamentar mencionou o modo de vida
levado pelo ex-deputado José Genoino, "professor, político, de classe
média", um dos réus acusados por formação de quadrilha, e também o do
ex-deputado João Paulo Cunha, "morador da periferia de Osasco (SP)",
apesar de o ex-presidente da Câmara não fazer parte desse grupo.
"Que diabo de quadrilheiros são esses que não têm nada na vida?",
questionou o líder do PT. Vicentinho aproveitou para criticar a postura
do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, "carregada de ódio" e em
"desrespeito à própria decisão do plenário". Na sessão de ontem, Barbosa
interrompeu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, que iniciou uma
divergência pela absolvição dos réus por quadrilha.
Para o deputado do PT, o STF "tem que ser firme, porém sereno". O
parlamentar brinca ao dizer que, acima deste tribunal, só há Deus. "O
Supremo Tribunal é a última instância, depois dele, só Deus. E tem
alguns ali que pensam que são os amigos mais próximos de Deus, e outros
que são Deus. Isso é muito mal para o País", criticou. Ele também disse
que as condenações do julgamento do 'mensalão' ocorreram "sem provas".
Brasil 247
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