Depois de se encontrar com a presidente Dilma
Rousseff, a quem sugeriu que seja mais "política" e adote a política do
“paz e amor” na relação com o PMDB, o ex-presidente Lula entrou em campo
para apaziguar os ânimos e não colocar em risco a aliança com o
principal partido do bloco governista; nesta quinta (6), ele telefonou
para o presidente nacional em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp,
para pedir ajuda para que sejam pacificadas as relações entre os dois
partidos
247 - Após se reunir com a presidente Dilma
Rousseff na noite de ontem, a quem sugeriu que seja mais "política" e
que volte a "vestir" o figurino “paz e amor” na relação com o PMDB, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para apaziguar
os ânimos e não colocar em risco a aliança com o principal partido do
bloco governista. Nesta quinta-feira (6), o líder maior do PT telefonou
no início da noite para o presidente nacional em exercício do PMDB,
senador Valdir Raupp, para pedir ajuda para que sejam pacificadas as
relações entre os dois partidos, após a troca de farpas e de acusações.
Lula pediu que não seja interrompido o diálogo entre as duas siglas.
Nesta sexta, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), se
reunirá com Raupp para tratar das relações entre o governo e o PMDB e
discutir a reforma ministerial, um dos focos da crise. O dirigente do
PMDB espera sair do encontro com um esboço mais claro a respeito das
posições que serão oferecidas pelo Planalto ao partido, mas só depois da
volta do vice-presidente Michel Temer de viagem, na próxima
segunda-feira (10), é que a legenda dará resposta ao governo.
O ex-presidente Lula se reuniu ontem com Dilma, o presidente do PT,
Rui Falcão, o ministro Aloizio Mercadante, o ex-ministro Franklin
Martins, o deputado Edinho Silva, o chefe de gabinete da presidenta,
Giles Azevedo, e o publicitário João Santana. Eles discutiram a crise
recente e também desenharam as primeiras questões envolvendo a
formatação da equipe da campanha eleitoral deste ano.
Pós-encontro, líderes do PT, a começar pelo próprio Falcão, deram
declarações ainda críticas ao PMDB, principalmente contra a formação do
blocão na Câmara, mas todos foram uníssonos na defesa da aliança. A
expectativa é que, depois das iniciativas para a pacificação das
relações entre os partidos, integrantes da cúpula do PMDB tenham um
encontro com a presidente Dilma Rousseff na próxima segunda.
Nesta quinta, o ministro Gilberto Carvalho também se posicionou sobre
a questão. "Há uma relação tensa com o governo porque, quando você faz
aliança, faz aliança com diferentes. Quando você está com os iguais,
você não faz aliança, você está no mesmo grupo. Aliança é com diferente,
e dialogar com diferente sempre é duro. É duro porque são posições
diferentes, divergentes, conflitantes até", disse o ministro.
A confiança de Carvalho sobre a permanência do PMDB ao lado do PT na
disputa presidencial se deve principalmente ao vice, Michel Temer. "O
PMDB não é um aliado, ele é um copartícipe do governo, ele tem o
vice-presidente Michel Temer, que, aliás, tem desempenhado um papel
muito importante pra nós", afirmou.
Brasil 247
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