sábado, 8 de março de 2014

O desânimo do pessoal da Rede com a candidatura Eduardo Campos. No PSB também

Até a mídia, antes com o pé em duas canoas desde que estas representassem candidaturas presidenciais contrárias  a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) – as do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – não se mostra mais tão entusiasta da candidatura do postulante socialista.


Não lhe concede mais os espaços tão generosos antes concedidos e mostra-se impaciente porque ele emperrou e enfrenta enormes dificuldades para chegar e/ou ultrapassar os dois dígitos nas pesquisas de opinião pública. Pior, a mídia e os parceiros de Eduardo Campos na Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva.


A constatação é que cresce o desânimo interno entre o pessoal da Rede, pelo fato de o governador-presidenciável não conseguir superar os obstáculos – criados quase à média de um por semana pela ex-senadora; não decolar nas pesquisas; nem ter conseguido, até agora, que os votos de Marina Silva migrem para sua candidatura. A pergunta que se faz é: se não migraram até hoje, ainda vão migrar?


Uma aliança incoerente, na visão de dirigente do PSB


Dai a demora da dupla Eduardo-Marina em fixar uma data para o lançamento da chapa presidencial, embora o governador pernambucano, pelos prazos de desincompatibilização, tenha de deixar o Palácio das Princesas – o governo de Pernambuco – daqui a pouco mais de um mês.


Enquanto não vem nem a definição de Marina, se aceita ou não ser a vice de Eduardo, ela vai montando cunhas na parceria nos Estados, desmontando alianças que o PSB firmou de longa data. Estabelece vetos  e lança candidatos a governador de sua preferência e do seu pessoal. Como no caso de São Paulo, onde o PSB é aliado dos tucanos há vários governos e programava continuar para apoiar a tentativa de reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).


Se há desânimo na Rede com a estagnação de Eduardo Campos nas pesquisas, não é diferente, nem de unidade o cenário no PSB. Ainda esta semana, o 1º vice-presidente nacional do partido, ex-ministro Roberto Amaral, questionava e se queixava em entrevista, do acordo tácito e de não agressão mútua entre Aécio Neves e Eduardo Campos, que não perdem oportunidade de se visitar e se elogiar mutuamente.


Amaral lembrava que se a eleição é em dois turnos e a presidenta candidata a reeleição, Dilma Rousseff, já tem uma das vagas garantidas para a 2ª etapa – se ela não vencer já no 1º turno, como indicam as pesquisas – como é que Aécio e Eduardo Campos fazem um acordo desses, ao invés de estarem disputando a outra vaga para um deles passar para o 2º turno? Pergunta que Eduardo Campos – e Marina – é que tem de responder.



Blog do Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário