Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
A presidenta Dilma Rousseff defendeu, hoje (3), a
política econômica e disse que o governo tem conseguido manter a
inflação dentro da meta nos últimos 12 anos. Ontem (2), o Comitê de
Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros – a selic -
para 11% ao ano, em uma tentativa de conter o avanço inflacionário.
“A
inflação vem sendo mantida nos últimos 11 [anos], agora 12 anos, dentro
dos limites fixados pelo Conselho Monetário Nacional e assim ocorrerá
também em 2014. A dívida líquida do setor público em relação ao PIB
[Produto Interno Bruto, a soma dos bens e serviços do país], que mede a
capacidade do país de pagar suas dividas internas e de ser viável, tem
decrescido sistematicamente. Em 2002, chegava a 62%, hoje chegamos a
33,7%. Nossa política fiscal está mantida, olhando justamente essa
tendência de queda de divida sobre o PIB”, disse a presidenta em
discurso durante 1º Fórum Nacional das Confederações das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil (Cacb).
Dilma
também argumentou que o Brasil, apesar das inconstâncias do mercado
financeiro internacional, conseguiu acumular reservas nos últimos anos.
“Temos um conjunto de reservas que nos preserva em relação à extrema
volatilidade. Somos um dos países em desenvolvimento que tem maior
número de reservas, chegamos a US$ 377 bilhões”, apontou.
Em
discurso direcionado à associações comerciais, micro e pequenos
empresários, Dilma defendeu enfaticamente a desburocratização e a
simplificação de processos para quem quer investir em pequenos negócios.
“Sabemos que a burocracia mata a inventividade, a criatividade, a
liberdade de iniciativa e dificulta o empreendedorismo”, frisou. “A
desburocratização da relação do Estado com as micro e pequenas empresas
torna-se algo central. O governo está totalmente comprometido com o
processo de desburocratização”, acrescentou.
Entre as medidas de
desburocratização para o setor, Dilma disse que o governo trabalha para
diminuir para cinco dias o tempo para a abertura ou o fechamento de uma
empresa. A presidenta listou, também, a universalização do Simples
Nacional, a ampliação das linhas de crédito para micro e pequenos
empresários e a criação de um programa de capacitação nos moldes do
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como
metas do governo para beneficiar o setor.
Segundo Dilma, as micro
e pequenas empresas são prioridade para o governo porque o setor é um
dos “mais dinâmicos e includentes” da economia brasileira. “É um setor
que cresce contra tudo e contra todos. Tem que ser privilegiado porque é
uma verdadeira estratégia de desenvolvimento produtivo do nosso país”,
avaliou.
Agência Brasil

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