Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) mista da Petrobras aprovaram, em bloco, pedidos de acesso a
documentos que envolvem o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso;
isto foi possível graças a um descuido dos oposicionistas, que não
perceberam a manutenção de alguns requerimentos, como o que envolve o
acidente da plataforma P-36, que afundou em março de 2001 durante o
governo de FHC
247 - Os integrantes da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) mista da Petrobras aprovaram, em bloco, pedidos de
acesso a documentos que envolvem o governo tucano de Fernando Henrique
Cardoso. Isto foi possível graças a um descuido dos oposicionistas, que
não perceberam a manutenção de alguns requerimentos.
Durante os debates, o deputado de oposição Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
pediu a exclusão de votação de quatro requerimentos que pediam cópia de
relatórios e demais documentos referentes ao acidente da plataforma
P-36, que afundou em março de 2001 durante o governo de FHC, e dos
processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça que envolvem a
troca de ativos entre a Petrobras e a companhia ibero-americana Repsol
YPF, referente à refinaria de Bahia Blanca, no mesmo ano. Eles foram
numerados como 440, 447, 525 e 528.
No plano de trabalho proposto pelos relatores das CPIs mista e
exclusiva do Senado, respectivamente, o deputado Marco Maia (PT-RS) e o
senador José Pimentel (PT-CE), citam que a tragédia do afundamento da
P-36 tirou a vida de 11 trabalhadores e gerou um custo para a estatal de
US$ 2,2 bilhões. Dizem ainda que a operação da refinaria de Bahia
Blanca pode ter causado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões à Petrobrás.
O relator concordou com o pedido do deputado do DEM e determinou a
exclusão, na votação em bloco, de quatro requerimentos que envolviam
tais operações, apresentadas pelos deputados Sandro Mabel (PMDB-GO) e
Sibá Machado (PT-AC). Ocorre que não foi retirado da lista de votação em
bloco o requerimento de número 520, também apresentado por Mabel, que
pedia à Agência Nacional de Petróleo (ANP) cópia de relatórios e demais
documentos relativos ao acidente na P-36. Ou seja, esse pedido foi
aprovado sem que os oposicionistas percebessem. O caso da Repsol, porém,
ficará de fora da investigação.
Brasil 247
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