Iolando Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
A bancada do PMDB na Câmara dos
Deputados decidiu hoje (11) votar a favor da proposta de criação de uma
comissão externa para viajar até a Holanda a fim de acompanhar
investigação sobre denúncias de pagamento de propina de uma empresa
daquele país à Petrobras. Na reunião, os peemedebistas também votaram
contra a aprovação do projeto de lei que cria o marco regulatório da
internet e aprovaram moção de apoio ao líder do partido na Câmara,
Eduardo Cunha (RJ). A votação do Marco Civil da Internet e a criação da
comissão externa constam da pauta do plenário da sessão desta
terça-feira.
Segundo Cunha, amanhã (12), os parlamentares do PMDB vão votar
favoravelmente à aprovação do requerimento de convite para que a
presidenta da Petrobras, Graça Foster, compareça à Câmara para prestar
esclarecimentos. Cunha informou que, também amanhã, os peemedebistas
votarão pela convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para
comparecer à Câmara.
Na reunião, da qual participaram mais de 60 dos 76 deputados
peemedebistas, foi aprovada nota oficial reiterando que o “único
interlocutor da bancada é o líder Eduardo Cunha” e propondo a convocação
da Executiva Nacional para debater a atual crise, “com vistas a
reavaliar a qualidade da aliança com o PT e a adotar providências
visando ao fortalecimento do PMDB”. A nota reafirma a decisão anterior
da bancada de não indicar nomes para os ministérios e a intenção dos
peemedebistas de se conduzir com independência nas votações, de acordo
com a maioria em cada votação.
No inicio da reunião, os deputados aprovaram moção de apoio ao líder
Eduardo Cunha, que, segundo eles, tem sofrido “ataques e agressões que
extrapolam o patamar da civilidade em quaisquer das relações”. Os
ataques ao líder, diz o texto, são “ataques ao PMDB. A bancada manifesta
solidariedade a Cunha e reafirma a confiança nele depositada” quando de
sua recondução à liderança do partido.
Eduardo Cunha disse aos jornalistas que não cabe à bancada decidir
sobre a aliança política com o PT, mas admitiu que “há uma crise
política” e que, para solucioná-la, é preciso ter gestos e ações.
Segundo ele, na reunião, a bancada externou sua insatisfação com o
governo e com a aliança com o PT. “O que está em discussão é a qualidade
da aliança”, afirmou.
Agência Brasil
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