De acordo com o subsecretário-geral de Assuntos
Políticos do Ministério das Relações Exteriores, Antonio da Rocha
Paranhos, o objetivo do encontro da presidente com o presidente italiano
Giorgio Napolitano é buscar o aumento da cooperação entre os dois
países, especialmente no apoio a pequenas e médias empresas; "A reunião
tratará também dos recentes anúncios de novos investimentos de empresas
italianas no brasil, como a Fiat, a Tim e a Enel", informou; em seu
terceiro encontro com o papa Francisco desde que ele assumiu o
pontificado, em março do ano passado, a presidenta deverá tratar de
temas da agenda internacional, além de intensificar o diálogo brasileiro
com o Vaticano
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Em viagem à Itália para a cerimônia de consagração do arcebispo do
Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta como novo cardeal, a presidenta Dilma
Rousseff se encontrará amanhã (21) com o papa Francisco e com o
presidente italiano, Giorgio Napolitano.
A Itália passa por um momento de transição – há uma semana, o
primeiro-ministro, Entico Letta entregou o cargo, que ocupou durante
apenas dez meses, e um novo governo será formado. De acordo com o
subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações
Exteriores, Antonio da Rocha Paranhos, o objetivo do encontro da
presidenta brasileira com Napolitano é buscar o aumento da cooperação
entre os dois países, especialmente no apoio a pequenas e médias
empresas.
"A reunião tratará também dos recentes anúncios de novos
investimentos de empresas italianas no brasil, como a Fiat, a Tim e a
Enel [empresa geradora de energia elétrica]", informou Paranhos. A
Itália é o oitavo maior parceiro comercial do Brasil, tendo fechado o
ano passado com trocas comerciais que chegaram a cerca de US$ 11
bilhões.
Ainda não foi confirmado se Dilma se reunirá com o novo
primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, encarregado de formar um novo
gabinete a partir da próxima segunda-feira (24). "Ao que eu saiba, não
houve nenhuma iniciativa do lado italiano de solicitar esse tipo de
encontro", disse o subsecretário-geral do Itamaraty, em entrevista a
jornalistas.
Em seu terceiro encontro com o papa Francisco desde que ele assumiu o
pontificado, em março do ano passado, a presidenta deverá tratar de
temas da agenda internacional, além de intensificar o diálogo brasileiro
com o Vaticano. Paranhos justificou essa proximidade pelo fato de o
papa ser uma "voz cada vez mais atuante em temas caros ao Brasil". Para
ele, o encontro com Francisco vai "assinalar a identificação de
objetivos e propósitos, dado que o papa tem sido muito [importante] na
defesa de temas como inclusão social, combate à pobreza e luta contra a
discriminação".
O arcebispo do Rio de Janeiro já está no Vaticano, onde será
proclamado cardeal neste sábado (22). Após o consistório, dom Orani e
mais 18 novos membros do Colégio Cardinalício receberão cumprimentos dos
convidados para a cerimônia. Domingo (23), o papa Francisco celebrará
missa com os novos cardeais.
Dilma partiu no fim desta tarde para a Europa, após inaugurar o
estádio Beira-Rio em Porto Alegre, e abrir a Festa da Uva em Caxias do
Sul. De Roma, onde se hospedará na sede da Embaixada do Brasil na
Itália, a presidenta viajará para Bruxelas, na Bélgica, para participar
da 7ª Cúpula Brasil-União Europeia.
Brasil 247
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