Daniel Lima, Pedro Peduzzi e Yara Aquino, repórteres da Agência Brasil
Edição: José Romildo
O governo anunciou agora há pouco que o corte no Orçamento Geral
da União de 2014 alcançará R$ 44 bilhões. Com o corte, o governo
pretende atingir este ano um superávit primário equivalente a 1,9% do
Produto Interno Bruto (PIB), correspondente a todo o setor público
consolidado, buscando com isso manter os fundamentos da economia e a
confiança dos investidores internacionais e do mercado interno.
O corte de R$ 44 bilhões, em 2014, foi superior ao verificado em
2013, que alcançou R$ 38 bilhões, mas inferior ao enxugamento ocorrido
em 2012 (R$ 55 bilhões) e em 2011 (R$ 50,1 bilhões).
Saiba Mais
Dos
R$ 44 bilhões, R$ 13,5 bilhões são despesas obrigatórias e R$ 30,5
bilhões correspondem a despesas discricionárias. O detalhamento dos
cortes no Orçamento está sendo explicado, neste momento, no Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, pela ministra Miriam Belchior e
pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A ministra Miriam Belchior
disse, durante entrevista, que os dados referentes ao corte orçamentário
serão publicados no Diário Oficial da União, amanhã (21).
Para o ministro Mantega, o enxugamento orçamentário constituiu uma
boa sinalização aos mercados interno e externo, tendo em vista as
turbulências econômicas internacionais do momento. No entanto, o
ministro da Fazenda afirmou que, após os cortes verificados, haverá um
aumento no otimismo dos agentes econômicas em relação ao Brasil.
Mantega disse que, com o corte de R$ 44 bilhões, o governo
economizará R$ 80,8 bilhões, número maior do que a economia verificada
em 2013, quando este patamar chegou a 75,3 bilhões.
As previsões do governo foram feitas com base na manutenção dos
seguintes parâmetros da economia brasileira: superávit primário de 1,9%
do PIB, equivalente a R$ 99 bilhões; inflação de 5,3% e dólar na faixa
de R$ 2,44.
Agência Brasil
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