Texto publicado pela equipe do blog do ex-ministro
diz que alvo de críticas contra o deputado estadual Marcelo Freixo
(Psol-RJ), que foi vinculado aos ataques nas manifestações de rua, é
criar falso clima de caos e violência no País a fim de enfraquecer a
esquerda; análise compara a estratégia ao caso do 'mensalão'; "Como
método, repete a mesma lógica que precedeu a AP 470: a oligarquia da
mídia, especialmente as Organizações Globo, trata de impor uma narrativa
que leve ao isolamento e à judicialização fraudulenta"; artigo afirma
que estímulo à violência vem de "correntes reacionárias"
247 - Um texto publicado pela equipe do blog do
ex-ministro José Dirceu condena a criminalização contra o deputado
estadual do Rio Marcelo Freixo (Psol). Artigo defende que "forças
democráticas devem reagir" a isso e ressalta que alvo de críticas contra
o parlamentar, que foi vinculado à violência das manifestações de rua, é
criar um falso clima de caos e violência e violência no País a fim de
enfraquecer a esquerda. "Como método, repete a mesma lógica que precedeu
a AP 470: a oligarquia da mídia, especialmente as Organizações Globo,
trata de impor uma narrativa que leve ao isolamento e à judicialização
fraudulenta", compara o texto.
Leia a íntegra abaixo:
Forças democráticas devem reagir à criminalização de Marcelo Freixo e do PSOL
Por Equipe do Blog
As forças democráticas e progressistas do país devem reagir à
criminalização do deputado Marcelo Freixo e do PSOL, desatada pela
imprensa tradicional e os setores mais conservadores do país. A atuação
do PT carioca, emprestando solidariedade irrestrita ao parlamentar, dá
bom exemplo de como se deve agir nessa hora. Não tem qualquer
importância se não houver reciprocidade, pois se trata de uma questão de
princípio. Estamos certos de que, se José Dirceu estivesse escrevendo
este blog, adotaria a mesma postura.
O alvo é criar um falso clima de caos e violência no país, que
justifique restrições à mobilização popular e enfraqueça eleitoralmente a
esquerda brasileira. Como método, repete a mesma lógica que precedeu a
AP 470: a oligarquia da mídia, especialmente as Organizações Globo,
trata de impor uma narrativa que leve ao isolamento e à judicialização
fraudulenta.
Divergências passadas ou atuais não podem ser obstáculo para
resistência unitária a essa escalada conservadora. Tanto para denunciar o
comportamento dos monopólios da comunicação quanto para impedir que
sejam adotadas medidas legais que estreitem as liberdades de
organização, manifestação e expressão previstas em nossa Constituição.
Não pode haver dúvida sobre a necessidade de combater grupos
violentos que, muitas vezes infiltrados por policiais, levam ao desgaste
das mobilizações e facilitam sua manipulação pelo conservadorismo. Os
próprios movimentos sociais devem se organizar para marginalizar e
expurgar quem atua fora dos parâmetros democráticos. No mais, nossa
legislação penal é suficiente para punir crimes eventualmente cometidos
por indivíduos ou bandos que recorrem à violência.
Cabe lembrar, no entanto, que a maior parte das vítimas durante
manifestações sociais é de responsabilidade das polícias militares
estaduais, despreparadas para o conflito social e alimentadas por um
discurso antidemocrático. Há fortes sinais que correntes reacionárias
apostam em gerar cenário de máxima tensão, instigando o uso
despropositado da repressão e insuflando atitudes violentas dos próprios
mascarados. Essa abordagem faz parte de sua estratégia para forjar um
cenário de descontrole político-econômico, no qual imaginam ampliar suas
possibilidades eleitorais.
A resposta do campo popular deve ser clara: unidade contra a
criminalização dos movimentos sociais e os partidos de esquerda, mais
participação popular, maior avanço na democratização do Estado.
Brasil 247
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