Da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
O desembargador Djalma Martins da Costa, do
Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), determinou hoje (7) a prisão do
prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro (PRP), e de mais cinco pessoas.
Pinheiro é acusado de abusar sexualmente de meninas e formação de
quadrilha.
O magistrado atendeu a um pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Segundo o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, a prisão
preventiva do prefeito e dos outros suspeitos é necessária para
“garantir a ordem pública, evitar que novas vítimas sejam molestadas e
que testemunhas sejam ameaçadas”.
Ainda segundo o procurador-geral, a denúncia resultou em um documento
de 48 páginas, “fruto de um trabalho minucioso" elaborado a partir das
investigações iniciadas em julho de 2013. “Entendemos que o que estamos
fazendo é o melhor para a sociedade. Existem elementos concretos para a
ação penal e, a partir de agora, cabe ao Tribunal de Justiça dar
prosseguimento ao caso”, acrescentou Cruz.
O prefeito é réu em pelo menos 70 processos que tramitam na Justiça
do Amazonas. Apesar da gravidade de algumas das acusações, os processos
estão parados à espera de julgamento, suscitando a hipótese dele estar
sendo beneficiado por juízes. Em 2006, a Polícia Federal passou a
investigá-lo devido a indícios de desvio de recursos públicos do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
As denúncias de pedofilia começaram a aparecer no decurso dessas
investigações em escutas telefônicas judicialmente autorizadas. As
investigações culminaram na chamada Operação Vorax, cujo relatório foi
divulgado em 2008. Desse relatório resultou a prisão de Pinheiro, em
2009. Em agosto de 2013, Pinheiro chegou a prestar depoimento à Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes, da Câmara dos Deputados.
Agência Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário